A POBREZA DO DINHEIRO.
"É falta de educação calar um idiota e crueldade deixá-lo prosseguir" - Benjamin Franklin
Ninguém fará um adorador pagão, mesmo que se pense um convertido a um Deus sacralizado, de qualquer crença regular na ambiência da religiosidade universal, calar sua idiotice. Será sempre um apóstata, pois só tem um Deus, o dinheiro. Suas manifestações e inclinações têm em mira esse grande vilão da humanidade, a moeda.
Nenhuma tentativa de formação educacional afastará essa direção. Tudo, todas as externações desses seres voltados e movidos pela materialidade, terão motivação na moeda. Assim entende sua nenhuma compreensão. O famoso bezerro de ouro. Para esses apócrifos da educação de valores verdadeiros nada se movimenta a não ser com essa dirigência.
Nenhum sentimento negativo como a inveja não tem escopo a não ser no dinheiro. Falta senso de raciocínio. Foge a lógica que nunca foi íntima. Nem se conseguirem conhecimento enciclopédico, fenômeno impossível, diante dessa máxima limitação, poderão assimilar algo de profundidade aproveitável. Caminharão sempre “pela rama”, rasamente, sempre fechados esses perfis para a grande porta do conhecimento e da cultura. Ficarão encerrados na contenção da caricatura do que querem ser e não podem ou puderam alcançar.
Patina a vontade. Se embaraça e se perde. Movem-se em maio às cifras, São cifrados, algemas da alma. O dinheiro é seu Deus.
Nem a ostentação conseguem desfilar, pois são impedidos pela curta inteligência, que desfralda a limitação por seus próprios meios desenhados, restritos e botos, e se mostra o déficit para todos verem. É a idiotia de que nos fala Franklin.
Estão esses seres “desencantados” como o conto Zen didático quanto ao fato, sinalizando para aquele discípulo acolhido na montanha na cabana do mestre que não via fazia tempo. Alimentado, dormiu e quando ia embora disse o mestre: quero lhe dar um presente e apontando seu dedo para uma pequena pedra a transformou em ouro. Recebendo o presente o discípulo disse: quero aquela maior, no que foi prontamente atendido. Insatisfeito disse ao mestre: eu quero o seu dedo.
São assim essas pessoas. O dinheiro é tudo.