A aposentadoria da mocinha - BVIW
Tema: "diz que fui por aí"...
Dessa altura da vida, olho para trás e vejo uma mocinha tomando posse no serviço público federal, lá em 1986. Ela morava em Belo Horizonte e, naquela época, era tudo muito diferente. Podíamos ir ao Mineirão para assistir Cruzeiro X Atlético e arrepiar com o brado das torcidas; fazer o Happy Hour num barzinho qualquer e namorar; ir aos shows no Palácio das Artes, ou Mineirão ou Mineirinho, sempre lotados; passear na Feira Hippie trombando nas pessoas; ir aos cinemas e shopping, sem preocupação alguma; tomar cerveja super gelada no Mercado Central, aos sábados, em pé, por causa do tanto de gente com a mesma ideia na cabeça... Não usávamos máscaras e as empresas de cosméticos apostavam alto nos batons. Bem, muita água correu debaixo da ponte. Depois de 33 anos de serviço ininterrupto, essa mocinha se aposentou. E ainda foi na era pré-pandemia, em 2019. Você tem ideia o que é acordar cedo e pensar: pode ficar mais um tiquinho na cama! Ou fazer hidroginástica na parte da manhã, recebendo toda energia do sol. Sair à toa, andar pra lá e pra cá, e se alguém perguntar aonde fui, diga que fui por aí...
Bem, 2020 inaugurou uma era atípica. Quem não sabia o que era pandemia, teve o desprazer de conhecer. Aprendemos palavras como lockdown e home office. O mundo inteiro caiu de joelhos a rezar a Deus para ter misericórdia. Máscara, álcool em gel, distanciamento social. Essas são as palavras de ordem. E eu doida pra sair por aí, a toa na vida, recolhendo sonhos em cestos, como se fossem fruta madura! Ou ainda, como na imagem que vi ontem, da moça guardando pedaços de nuvem na mala... ah, eu faria diferente: pegava com os dedos flocos de nuvem e os comeria, como se fossem algodão doce! Sabe de uma coisa? Aquela mocinha ainda existe em mim!
Tema: "diz que fui por aí"...
Dessa altura da vida, olho para trás e vejo uma mocinha tomando posse no serviço público federal, lá em 1986. Ela morava em Belo Horizonte e, naquela época, era tudo muito diferente. Podíamos ir ao Mineirão para assistir Cruzeiro X Atlético e arrepiar com o brado das torcidas; fazer o Happy Hour num barzinho qualquer e namorar; ir aos shows no Palácio das Artes, ou Mineirão ou Mineirinho, sempre lotados; passear na Feira Hippie trombando nas pessoas; ir aos cinemas e shopping, sem preocupação alguma; tomar cerveja super gelada no Mercado Central, aos sábados, em pé, por causa do tanto de gente com a mesma ideia na cabeça... Não usávamos máscaras e as empresas de cosméticos apostavam alto nos batons. Bem, muita água correu debaixo da ponte. Depois de 33 anos de serviço ininterrupto, essa mocinha se aposentou. E ainda foi na era pré-pandemia, em 2019. Você tem ideia o que é acordar cedo e pensar: pode ficar mais um tiquinho na cama! Ou fazer hidroginástica na parte da manhã, recebendo toda energia do sol. Sair à toa, andar pra lá e pra cá, e se alguém perguntar aonde fui, diga que fui por aí...
Bem, 2020 inaugurou uma era atípica. Quem não sabia o que era pandemia, teve o desprazer de conhecer. Aprendemos palavras como lockdown e home office. O mundo inteiro caiu de joelhos a rezar a Deus para ter misericórdia. Máscara, álcool em gel, distanciamento social. Essas são as palavras de ordem. E eu doida pra sair por aí, a toa na vida, recolhendo sonhos em cestos, como se fossem fruta madura! Ou ainda, como na imagem que vi ontem, da moça guardando pedaços de nuvem na mala... ah, eu faria diferente: pegava com os dedos flocos de nuvem e os comeria, como se fossem algodão doce! Sabe de uma coisa? Aquela mocinha ainda existe em mim!