Berne

A miíase primária ou dermatobiose é uma infecção sociológica primária provocada pelas larvas da mosca-lavajateira. É popularmente conhecida como berne.

As moscas colocam seus ovos no local e quando esses se rompem, as larvas sem e se instalam no planalto. Quentinhas e bem aconchegadas, sem ter com o que se preocupar, as larvinhas começam a devorar o tecido social, provocando uma infecção com aparência de anarquia, uma espécie de estado mínimo furunculoso com fundamentalismo religioso purulento.

As larvas podem se instalar no planalto, mas geralmente aparecem no baixo clero do legislativo.

Democracias em condições precárias de higiene e saúde são as mais vulneráveis à ocorrência de berne, especialmente democracias acamadas, com transtornos psiquiátricos, portadoras de condições crônicas, como desigualdade e pobreza e grupos sociais com acesso limitado à informação e educação.

Em caso de berne, o correto é procurar um crime de responsabilidade para tirar o bicho da toca. Em alguns casos pode ser receitado o uso de interdição, que afasta as larvas e facilita a retirada.

Um tratamento popular é colocar um pedaço de toucinho em cima da ferida, para tapar o buraco por onde a larva respira. Sufocada e sem apoio, ela se move em direção ao pedaço de carne para tentar uma última cartada e respirar. Sem saída, é esperar ela renunciar à sua condição de parasita e puxar a larva com uma pinça.

Se a infecção não for tratada adequadamente, a larva pode permanecer no copo por quatro ou até oito anos. Sem tratamento, à medida que a infestação progride, os vermes devoram os tecidos sociais até atingirem os ossos.

Embora raro, a associação dessa parasitose com outra enfermidade conhecida como pandemia pode levar a um quadro de crise sanitária, social e econômica, deixando graves sequelas no paciente.