DILEMAS ÉTICOS E SOLUÇÕES
Quando voltei para casa depois da noite em que tinha conhecido o cara que viria a ser meu marido, eu carregava comigo um dilema ético.
Aquele cara, cuja primeira visão tinha me causado um quase desfalecimento absolutamente inexplicável e com quem eu tinha acabado de passar a noite inteira conversando sobre mil assuntos sem um toque mais íntimo do que o aperto de mão das apresentações tinha o mesmo nome do meu pai!
E eu disse para mim mesma:
“Como vou namorar um cara que tem o nome do meu pai? Incesto é crime!”
Diante desse problema sério, e sabendo que eu, com toda certeza, daria pra ele no próximo encontro, tomei a decisão que definiria meu futuro:
Dei outro nome para ele!
Nos nossos mais de 40 anos juntos, nunca chamei meu marido pelo nome!
- Acho que com resultados menos felizes e de formas difíceis de narrar em um texto tão leve, muitas pessoas encontram essa mesma solução para seus dilemas éticos. Os mais terríveis deles muitas vezes, para meros mortais como eu, nem dilemas éticos são, como por exemplo escolher entre salvar ou não salvar o maior número possível de pessoas em uma pandemia.