Se você mudar, o mundo muda com você (?)
A frase é de um divertido palestrante de empresas chamado professor Gretz, que assisti há uns 15 anos e é com ela que ele encerrava suas palestras. A interrogação é por minha conta, quero refletir sobre o assunto na divagação do dia.
Apesar do clichê, gosto da frase e acho muito boa. Tenho tido este foco em mudar como pessoa desde que completei 50 anos. Muito dessa necessidade interna veio do marco do envelhecimento que essa idade significou, outro tanto vem das mudanças na vida da família, com os filhos cada dia mais independentes, e outra parte importante tem a ver com após anos de desemprego fechado em casa e em meu mundo estudando ter assumido aos 49 um cargo de servidor público em que passei a ter a segurança da estabilidade e a conviver diariamente com a chocante realidade do nosso país.
Pelo lado pessoal, consegui mudar muito em mim. Aprendi ser mais tolerante com os outros, evitar desfazer amizades por diferenças de opiniões, adoro debates, mas detesto conflitos, hoje consigo saber parar de discutir antes de um final infeliz. Tenho tentado ser menos egoísta, fazer as coisas pelos outros e não só por mim, há muito a evoluir neste sentido, entretanto, estou mais participativo nas infindáveis e cansativas tarefas domésticas, tento que minha profissão sirva de fato ao público e passei até a fazer trabalho comunitário. Acho que estou virando uma pessoa melhor ao menos para eu mesmo, tenho tido mais paz. Há muito fato na frase de que se você muda sua forma de ver as coisas, o mundo parece diferente para si próprio.
Mas há um lado em que a frase não é verdadeira, nossa capacidade de mudar os outros é bem limitada, se poucos são abertos a ouvir ou ler outras opiniões, imagine a mudar por elas. Posso escrever ou dizer o que quiser para qualquer pessoa, ela só mudará se decidir por si, não é possível forçar alguém a fazer algo.
Se já é assim com pessoas próximas que gostam de você, que dirá com a capacidade política, de fazer desconhecidos pensarem como você, de divulgar ideias que façam diferença para a sociedade. Verdade que nunca tive essa habilidade de comunicação, sou péssimo em especial com a fala, normalmente quando há discussões, os únicos consensos que consigo criar são contra mim.
Ainda assim, adoro imaginar que as coisas podem ser diferentes e vejo bem minha vontade de mudar o mundo, vivo escrevendo textos de política soltando minhas ideias, quem sabe daqui a uns anos consigo passar esses pensamentos para mais do que uns 10 ou 20 leitores desavisados. Senão, ao menos terei desopilado e, na minha cabeça, encontrado soluções e contribuído para um mundo melhor.
Eu fico satisfeito com meu inconformismo e luta vã, verdadeira guerra contra moinhos que travo e jamais abandono, com querer mudar para que o mundo mude comigo. Eu ficaria bem mais preocupado com o que sou se eu aceitasse as coisas como são e especialmente o país em que vivemos como bom e imutável, seria prova de que pirei ou que mudei para pior.
A frase é de um divertido palestrante de empresas chamado professor Gretz, que assisti há uns 15 anos e é com ela que ele encerrava suas palestras. A interrogação é por minha conta, quero refletir sobre o assunto na divagação do dia.
Apesar do clichê, gosto da frase e acho muito boa. Tenho tido este foco em mudar como pessoa desde que completei 50 anos. Muito dessa necessidade interna veio do marco do envelhecimento que essa idade significou, outro tanto vem das mudanças na vida da família, com os filhos cada dia mais independentes, e outra parte importante tem a ver com após anos de desemprego fechado em casa e em meu mundo estudando ter assumido aos 49 um cargo de servidor público em que passei a ter a segurança da estabilidade e a conviver diariamente com a chocante realidade do nosso país.
Pelo lado pessoal, consegui mudar muito em mim. Aprendi ser mais tolerante com os outros, evitar desfazer amizades por diferenças de opiniões, adoro debates, mas detesto conflitos, hoje consigo saber parar de discutir antes de um final infeliz. Tenho tentado ser menos egoísta, fazer as coisas pelos outros e não só por mim, há muito a evoluir neste sentido, entretanto, estou mais participativo nas infindáveis e cansativas tarefas domésticas, tento que minha profissão sirva de fato ao público e passei até a fazer trabalho comunitário. Acho que estou virando uma pessoa melhor ao menos para eu mesmo, tenho tido mais paz. Há muito fato na frase de que se você muda sua forma de ver as coisas, o mundo parece diferente para si próprio.
Mas há um lado em que a frase não é verdadeira, nossa capacidade de mudar os outros é bem limitada, se poucos são abertos a ouvir ou ler outras opiniões, imagine a mudar por elas. Posso escrever ou dizer o que quiser para qualquer pessoa, ela só mudará se decidir por si, não é possível forçar alguém a fazer algo.
Se já é assim com pessoas próximas que gostam de você, que dirá com a capacidade política, de fazer desconhecidos pensarem como você, de divulgar ideias que façam diferença para a sociedade. Verdade que nunca tive essa habilidade de comunicação, sou péssimo em especial com a fala, normalmente quando há discussões, os únicos consensos que consigo criar são contra mim.
Ainda assim, adoro imaginar que as coisas podem ser diferentes e vejo bem minha vontade de mudar o mundo, vivo escrevendo textos de política soltando minhas ideias, quem sabe daqui a uns anos consigo passar esses pensamentos para mais do que uns 10 ou 20 leitores desavisados. Senão, ao menos terei desopilado e, na minha cabeça, encontrado soluções e contribuído para um mundo melhor.
Eu fico satisfeito com meu inconformismo e luta vã, verdadeira guerra contra moinhos que travo e jamais abandono, com querer mudar para que o mundo mude comigo. Eu ficaria bem mais preocupado com o que sou se eu aceitasse as coisas como são e especialmente o país em que vivemos como bom e imutável, seria prova de que pirei ou que mudei para pior.