As pseudociências e o momento atual 
 
Com as pessoas em crise, sofrendo de muitas maneiras, surge por outro lado os que prometem tudo, cura, emagrecimento, felicidade, férias, dinheiro etc, com métodos pouco ortodoxos. Surgem assim as pseudociências, com suas teorias não comprovadas, e nem sequer muitas vezes testadas, e pessoas que dizem ter melhorado com esses “métodos”. O mais complicado é que tem gente inclusive religiosa usando dessas técnicas, a fim de angariar mais seguidores, vender mais produtos ou cursos. O mais complicado é que algumas dessas pessoas usam de um doutorado que têm no passado, e sem qualquer fundamento dão cursos totalmente diferentes do que estudaram, como autoajuda, espiritualidade ou mesmo alguma terapia. Assim invadem áreas de psicologia, medicina, entre outras. Há inclusive “filósofo” sem qualquer diploma e que desistiu da escola. Isso tudo é muito bem usado, se diz que tal coisa é científica, se inventa uma fantasia quântica, se vai até a mera divagação ou achismo. E se tem milhões de seguidores, apoiadores e frente que paga caro por esses cursos sem reconhecimento ou qualquer garantia de resultado. Tais cursos se multiplicaram na pandemia, uma vez que é apenas gravar, colocar em uma plataforma, divulgar e contar dinheiro. E os professores oficiais, formados mesmo, ficam com sua renda quase assalariada, arriscando sua saúde em escolas, sendo desvalorizado por uma cultura anticientífica e antiacadêmica. Isso só retrata uma maior evasão escolar, e pais que são tanto contra a vacina, quanto contra a formação. Esse fenômeno resulta em doenças antigas que voltam a aparecer, uma vez crianças não mais tomando vacinas, e toda a sorte de confusões. Quando alguém promete uma solução mágica, e por outro lado, cobra caro, se tem de desconfiar. Ainda mais quando se percebe que em tais teorias os fundadores foram presos, tiveram problemas ou sequer passam de charlatões. O Brasil virou uma fábrica de charlatões virtuais, vendendo cursos e enriquecendo às custas dos problemas das pessoas. Um salvacionismo que apenas vem para pessoas muito escravizadas e desesperadas. O melhor seria que se gastasse o dinheiro em um curso oficial em EAD, barato, mas que é reconhecido e rende formação acadêmica real.