Amar é fazer uma roda girar.

Amar é fazer uma roda girar. Uma roda que — quando está em movimento — vai deixando tudo mais especial, encantado. Fazer o amor girar é como escrever uma carta ao universo dizendo que está tudo bem, agradecer, pular de alegria. Quem ama se despe de qualquer orgulho, vaidade, soberba. Quem ama sabe o significado da paz de espírito. Nem precisa buscá-la pois pensa-se que o amor é a solução para as noites sem sono, para a tristeza e para os dias cinzas. Ele é o caminho e o resultado final é surpreendente, cheio de possibilidades e tem a cor que você quiser.

“- Ei, Sr. Autor, pode falar de amor na vida real?”. Tem gente lendo e pensando isso porque é normal querer saber amar de forma prática da mesma forma que é normal querer saber a fórmula para o amor-perfeito-de-conto-de-fadas. A gente tem pressa pra amar, pra amar direito, para um amor consequente e cor de rosa.

Sr. Leitor, o amor que tem aqui dentro de mim é dual sem ser incongruente. É exclusivo podendo ser compartilhado. É diferente porém igualzinho ao que habita você. É amor, ora bolas. É nosso, pode vir. Pode remexer sem medo, pode revirá-lo todinho porque amor é amor. Quanto mais a gente cutuca, mais ele se multiplica. Quanto mais ele aparenta acabar, mais ele se regenera e vem com tudo. Amor é fênix. Sempre renasce mais forte.

Existe aquele amor que faz transcender também. É uma forma espiritual de entregar o que há de melhor em você. É quando a gente suspira, fecha os olhos e quer que aquele momento dure para sempre. Trata-se de uma forma de ver a face de Deus (para quem acredita) ou um jeito de furar a fila da distribuição de alegria quando o universo está retribuindo aos seus credores. “- Que amor é esse?”, “- Eu quero pra mim!”, “- Eu tenho direito?” Calma, calma, galera! Tem pra todo mundo e está à disposição nas melhores prateleiras emocionais. Até quem é muito racional pode se apropriar dele. Qualquer um sem distinção tem acesso pois esse amor é justo, é mágico e até milagroso sim, senhor.

Esse mocinho desejado pelas melhores famílias tem nome curto e sobrenome nobre: Amor Incondicional. É amor de fato, é ser grato. É compartilhar o que você tem. É fazer o bem sem olhar a quem. É sentir a dor do outro e fazer alguma coisa por ele. É solidariedade. É gentileza! É próprio. O “eu te amo” incondicional é estar disposto a qualquer coisa sem se preocupar com a hora ou com o local. É ir ao encontro, é brincar no parque, é escalar a montanha ou montanha-russa, é rodar sem parar, é roda-gigante. Amar incondicionalmente é arregaçar as mangas, é proferir sem racionalizar mas com os pés no chão. É ter juízo e saber que és eternamente responsável por aquilo ou aquele que se aproximam de ti.

Luiz Gabriel Tiago - Sr. Gentileza

Escritor, palestrante e fundador da Rede Mundial de Gentileza Pontinho de Luz.