INÚTIL HIERARQUIA ("Quando o discriminado supera a opressão discriminatória, alcança um nível intelectual surpreendente." — Luís Miguel Militão Guerreiro)

Quando eu ministrava minhas aulas remotamente achava a dinâmica do ensinar menos vigoroso que o normal, e ficava atento para não inovar muito drasticamente que não possam absorver o conteúdo apresentado, tomei cuidado também, pois estive o tempo todo sendo gravado. O destaque aqui é para o cuidado com as palavras, estou tentando cultivar o amor incondicional daqueles que não ofendem ninguém. Tenho vontade de mergulhar fundo no infinito, e transformar em ouro tudo que me vier às mãos, contudo, ao mesmo tempo, nada acontece, mantenho-me na superfície e no senso comum.           

As leis da escola (mundo) estão tão desgastadas perante os alunos que eles não se acanham em se comparar com os professores. E dizem: — "se o professor pode eu também posso". Que lições de hierarquia ensinou a escola? Mas, eles desejam só as transgressões de seus mestres. O aluno não reconhece superioridade, e nem o seu lugar; todavia está melhor do que os do velho normal, quando o professor levava de casa um lanche especial, teria de se esconder para comê-lo.            

De fato, criam-se oportunidades, nas quais as pessoas conseguem descarregar nos outros aquele ressentimento reprimido, e evidenciam  em si a impotência impedidora. É uma vingança maldita quando o oprimido busca a equiparação aos opressores. Longe da síndrome de Estocolmo!  Dizem os entendidos que criança abusada torna-se adultos abusadores. Se isso for verdade, não escapa um, meu irmão, de alguma forma todos nós já fomos abusados com muita ou pouca violência. CiFA