VISÃO EVOLUTIVA

Durante todo esse tempo em que estamos convivendo com o xinglingvírus, com as medidas tolas das “autoridades” que sempre redundam em falsas soluções e, principalmente, com as narrativas da teoria da conspiração, eu esperei ouvir de algum Biólogo a análise que, apesar de não ocupar nenhum cargo, de não pertencer a nenhum veículo de comunicação e por estar “morto” tanto pela aposentadoria como pela idade, demonstro a seguir.

Os seres vivos na atualidade são, em sua totalidade, fruto da evolução das linhagens que lhes precederam e que, combinado com o ambiente, adaptaram-se para viver.

Há correntes de estudiosos que não consideram os vírus, principalmente os retrovírus, como seres vivos, por lhes faltarem os organismos próprios e serem “parasitas” daqueles que são capazes de se reproduzir.

Sendo ou não verdade, o que realmente interessa é que esses seres estão presentes e há determinados nichos ecológicos que são ambientes ideais para que eles permaneçam na natureza e tenham a capacidade de interferir nos organismos com os quais dividem esses nichos.

É o caso do xinglingvírus, cujo hospedeiro/vetor é o morcego.

Para que o xinglingvírus, exista e se dissemine, o ambiente ideal é o do morcego que, como todo mundo sabe, enquanto está em repouso, enclausura-se nos campanários de igrejas, sótãos de casarões, cavernas, ocos de árvores, etc. para ficarem protegidos dos raios solares e da claridade, pois, como todo mundo também sabe, os morcegos são animais crepusculares, raramente são vistos durante o dia.

Saliente-se também o fato de que nesses locais de repouso e socialização dos morcegos, há abafamento com pouquíssima circulação de ar e também há contato direto entre eles, aconchego para manutenção da temperatura e limpeza dos corpos.

Talvez seja novidade para alguém, mas os morcegos são animais tão limpos quanto os gatos, eles também se lambem, individualmente ou em conjunto, para a higienização dos corpos.

Tanto isso é verdade que para combater os morcegos hematófagos (transmissores de raiva, doença que é provocada por vírus do Gênero Lyssavírus), alguns são capturados e soltos após a aplicação de pomada vampiricida nos braços e nas costas para que outros, ao tentar limpar o vizinho “sujo” também sejam exterminados.

Diante desse fato, fica difícil aceitar o confinamento das pessoas dentro das casas, das proibições da permanência em ambientes abertos como praças e praias, também da aglomeração nos transportes coletivos e a obrigatoriedade do uso da máscara, que é limitadora da renovação do ar intrapulmonar, quando se preserva o distanciamento social.

Assim como para os vírus causadores de gripes e outras enfermidades ligadas ao trato respiratório, não existe (e talvez nunca venha a existir) medicamento que elimine realmente toda a carga viral, mas existem alternativas, principalmente aquelas que são destinadas à otimização do sistema imunológico, porque somente os anticorpos produzidos por cada um de nós, é capaz de neutralizar o xinglingvírus e suas variantes, as novas cepas que, cumprindo o que determina a Teoria da Evolução, adaptam-se para preservação da sua espécie.