LEMBRANÇAS DE PÁSCOAS
Retornando do supermercado onde adquiri alguns suprimentos para o almoço de domingo de páscoa e uns agradinhos achocolatados "prosdecasa", até porque ninguém é de ferro.
Enquanto estava às voltas por aqueles corredores, plenos de provocações ,ruminava em pensamentos as páscoas que já vivi.
Muito atentos ao lado religioso , a missa da ressureição celebrada nas noites de sábado de aleluia foi sempre um ritual do qual jamais abrimos mãos.
Depois o domingo, com aqueles ares festivos e as reuniões de familiares até quando foi possível.
Meus sogros, de origem polonesa, acolhiam a grande familia para celebrar a páscoa e foram ocasiões maravilhosas onde as tradições prevaleciam e "casavam-se" com algumas guloseimas modernas igualmente deliciosas.
A familia era grande, a alegria era maior.
Um dia o casal de idosos decidiu nos surpreender :
Ela, a sogra, partiu pela manhã. Elê, seu esposo, à tardinha.
Juntos, no dia seguinte tomaram os rumos da mais longa viagem pelos caminhos do eterno.
Desnorteados, nós da familia, fomos aos poucos perdendo o pique e as reuniões praticamente acabaram.
Restaram alguns parentes na bucólica Dorizon a pouca distância de onde moramos.
Dorizon , um distrito da cidade de Malet. Um lugar aprazível, habitado na grande maioria por descendentes de poloneses e ucranianos.
Uma estação de trens - desativada - um clube recreativo, duas igrejas.Maior destaque à igreja ucraniana ,do culto bizantino católico, com suas cúpulas luzindo entre as araucárias.
Um silêncio de templos, entrecortado de gorjeios, umas poucas casas e uma ruazinha descendo a ladeira - da igreja para a BR Transbrasiliana.
Ladeando a ruazinha, as casas dos primos. Era pra lá que a gente costumava ir com certa frequência e , em especial , no domingo de Páscoa.
Celebrar a vida em tão alegres companhias foi algo que jamais esqueço.
Tudo ficou na lembrança, depois que um a um, todos se foram para o andar de cima.
Mas não quero aqui, falar de coisas tristes.Quero relembrar aqueles domingos plenos de sorrisos ao redor das mesas,com muita música, cantoria e anedotas.
“Nixko” (cujo nome era Francisco) era o anfitrião e na varanda de sua casa é que a alegria reinava solta.
Os alimentos benzidos na véspera, vinham para a “cerimônia” do café das três, ainda nas cestas enfeitadas para tal.
Consumia-se com todo respeito e aquele ritual era comandado pelo membro mais velho da familia.Depois, a comilança liberava geral e devo confessar: O pessoal empanturrava-se!
Cada um levava algum prato e a partilha era feita entre a parentada.
Que saudade me dá daquela combinação meio maluca - ainda que loucamente deliciosa – de: leitão à pururuca ao molho de crhem, pão doce e gengibirra.
A quanto tempo não mais degusto estes alimentos...
Já não sei se desceriam com o mesmo paladar de outros tempos.
A quanto tempo não vou à Dorizon, aquele pedaço de paraíso banhado pelo Rio Claro do Sul, cujo nome nem poderia ser outro, dado à limpidez e pureza de suas águas.
Que saudades daquela gente de olhos de céu, suprimindo um “r” na pronúncia ou acrescentando um “r” a mais onde não havia necessidade.
Assim, lugar comum era ouvir “cachoRinho”, ou “CaRRoço de azeitona, por exemplo.
Hoje a minha Irati, vestiu-se de azul profundo, com ares ligeiramente frios, feito aqueles que vestiam a Dorizon de meus passeios.
Resguardado, até onde me é possível, limitei-me a uma breve ida ao supermercado mais proximo.
Ruminei minhas lembranças e de volta pra casa, comprei pinhões de São José,mas isso é assunto para um proximo texto.
FELIZ PÁSCOA a todos que tiverem a paciência de me ler.
A minha será regada à gengibirra rsrs...
Algumas imagens são do google
Retornando do supermercado onde adquiri alguns suprimentos para o almoço de domingo de páscoa e uns agradinhos achocolatados "prosdecasa", até porque ninguém é de ferro.
Enquanto estava às voltas por aqueles corredores, plenos de provocações ,ruminava em pensamentos as páscoas que já vivi.
Muito atentos ao lado religioso , a missa da ressureição celebrada nas noites de sábado de aleluia foi sempre um ritual do qual jamais abrimos mãos.
Depois o domingo, com aqueles ares festivos e as reuniões de familiares até quando foi possível.
Meus sogros, de origem polonesa, acolhiam a grande familia para celebrar a páscoa e foram ocasiões maravilhosas onde as tradições prevaleciam e "casavam-se" com algumas guloseimas modernas igualmente deliciosas.
A familia era grande, a alegria era maior.
Um dia o casal de idosos decidiu nos surpreender :
Ela, a sogra, partiu pela manhã. Elê, seu esposo, à tardinha.
Juntos, no dia seguinte tomaram os rumos da mais longa viagem pelos caminhos do eterno.
Desnorteados, nós da familia, fomos aos poucos perdendo o pique e as reuniões praticamente acabaram.
Restaram alguns parentes na bucólica Dorizon a pouca distância de onde moramos.
Dorizon , um distrito da cidade de Malet. Um lugar aprazível, habitado na grande maioria por descendentes de poloneses e ucranianos.
Uma estação de trens - desativada - um clube recreativo, duas igrejas.Maior destaque à igreja ucraniana ,do culto bizantino católico, com suas cúpulas luzindo entre as araucárias.
Um silêncio de templos, entrecortado de gorjeios, umas poucas casas e uma ruazinha descendo a ladeira - da igreja para a BR Transbrasiliana.
Ladeando a ruazinha, as casas dos primos. Era pra lá que a gente costumava ir com certa frequência e , em especial , no domingo de Páscoa.
Celebrar a vida em tão alegres companhias foi algo que jamais esqueço.
Tudo ficou na lembrança, depois que um a um, todos se foram para o andar de cima.
Mas não quero aqui, falar de coisas tristes.Quero relembrar aqueles domingos plenos de sorrisos ao redor das mesas,com muita música, cantoria e anedotas.
“Nixko” (cujo nome era Francisco) era o anfitrião e na varanda de sua casa é que a alegria reinava solta.
Os alimentos benzidos na véspera, vinham para a “cerimônia” do café das três, ainda nas cestas enfeitadas para tal.
Consumia-se com todo respeito e aquele ritual era comandado pelo membro mais velho da familia.Depois, a comilança liberava geral e devo confessar: O pessoal empanturrava-se!
Cada um levava algum prato e a partilha era feita entre a parentada.
Que saudade me dá daquela combinação meio maluca - ainda que loucamente deliciosa – de: leitão à pururuca ao molho de crhem, pão doce e gengibirra.
A quanto tempo não mais degusto estes alimentos...
Já não sei se desceriam com o mesmo paladar de outros tempos.
A quanto tempo não vou à Dorizon, aquele pedaço de paraíso banhado pelo Rio Claro do Sul, cujo nome nem poderia ser outro, dado à limpidez e pureza de suas águas.
Que saudades daquela gente de olhos de céu, suprimindo um “r” na pronúncia ou acrescentando um “r” a mais onde não havia necessidade.
Assim, lugar comum era ouvir “cachoRinho”, ou “CaRRoço de azeitona, por exemplo.
Hoje a minha Irati, vestiu-se de azul profundo, com ares ligeiramente frios, feito aqueles que vestiam a Dorizon de meus passeios.
Resguardado, até onde me é possível, limitei-me a uma breve ida ao supermercado mais proximo.
Ruminei minhas lembranças e de volta pra casa, comprei pinhões de São José,mas isso é assunto para um proximo texto.
FELIZ PÁSCOA a todos que tiverem a paciência de me ler.
A minha será regada à gengibirra rsrs...
Algumas imagens são do google