O dia que há de chegar
O dia que há de chegar
Luiz Alberto Silveira
Não, não, muito obrigado, não me convidem para discussões infindáveis, tolas e superficiais que prescindem do afeto.
Não, por favor não, não me envolvam com atitudes e ações que me deixem pensativo, triste e pessimista. Ocupem melhor o tempo que lhes ofereço. Por favor, eu lhes peço, esqueçam de convidar-me para reuniões de confrontos, de egos inflados e vaidades nem tão escondidas que contagiam o ambiente. Só tenho tempo para encontros que fazem crescer. Não, desejo que entendam, não quero mais ser inocente útil, que dá o rosto à bater no lugar daquele que se utiliza da minha bondade e até ingenuidade.
Convidem-me à boa conversa, à convivência afetiva, ao aconchego da família, ao encontro de amigos que se sentem felizes em me ver, em me escutar, em sentir que não tenho mais tempo para não ser feliz. Convidem-me à sentir a natureza, à maravilhar-me cada vez mais com a vida, à agradecer por ela, a vibrar com as esperanças, com as alegrias e os bons sentimentos comuns aos que sabem amar.
Estou à disposição, peçam a minha presença para ajudar, para conviver, para sonhar junto, para ser braço de ajuda, voz que anima, para ser instrumento de conforto e segurança.
Por favor aproveitem de mim os sentimentos mais nobres e positivos que possuo e compartilhemos juntos bons encontros na vida.
Eu sou daqueles que ainda acreditam na vitória do bem, no re-encontro da tolerância com o respeito, na possibilidade do perdão que leva à reflexão. Eu sou daqueles que ainda sentem poesia no viver e estar vivo. Eu sou daqueles que ainda choram com emoção sentida e são capazes de dar gargalhadas até às lágrimas. Nós somos daqueles que desejam paz e harmonia, que olham nos olhos e que não desviam o olhar, que dão abraços em quem é de abraços, beijo em quem é de beijos e aperto de mão em quem é de aperto de mão.
Nós somos daqueles que você tem para chamar de nossos.