Ensaio antropológico I
Estava lendo uma revista científica, quando me deparei com uma matéria interessante. Falava sobre o antropólogo TN Panda, suas expedições e experiências ao entrar em contato com uma tribo que vive isolada da realidade. Algumas passagens eram curiosas e interessantes, e reproduzirei a seguir.
“A feição deles é serem brancos, alguns um tanto loiros, de bons rostos e boas rinoplastias, bem feitos. Andam de óculos escuros e as bocas e narizes nus, sem cobertura alguma. Nem fazem mais caso de encobrir; se for o caso, deixam o nariz de fora. Acerca disso são de grande ignorância.”
"Quando eu estava distribuindo folhetos educativos, me distanciei um pouco do resto do grupo e comecei a me aproximar da calçada. Um garoto fez uma cara engraçada, levantou os dedos polegares e indicador e sinalizou para mim que estouraria minha cabeça. Chamei imediatamente um carro e parti em retirada. O gesto do menino foi significativo. Ele deixou claro que eu não era bem-vindo.”
Havia outra passagem, que falava sobre seus rostos sombrios.
"Levamos estudos e pesquisas de presente, uma grande quantidade de informações, conhecimento científico, como distanciamento social e vacinas. Também fomos acompanhados de três homens novo (outra tribo local) para nos ajudar a 'interpretar' o discurso e o comportamento deles."
"Mas os guerreiros nos encararam com rostos irritados e sombrios, totalmente armados com suas fake news e discursos de ódio, preparados para defender suas ideias contra 'intrusos'. Às vezes, eles olhavam para nós e abriam a boca, como se quisessem defecar."
"As máscaras que levamos de presente também foram menosprezadas. Foram simplesmente recusadas. Eles ainda acreditam em seus amuletos de proteção, dos quais fazem uso indiscriminadamente. No dialeto desta tribo, o conjunto deste amuletos é chamado de tratamento precoce.”
Outros trechos, apesar dos propósitos, eram menos assustadores e até divertidos.
“Pudemos observar também alguns rituais de preparação para a guerra. Nestas ocasiões, os guerreiros da tribo se vestiam de amarelo, tocavam música e dançavam. Algumas danças eram coreografadas. Alguns faziam um gesto semelhante a bater continência para um totem. Este guardava forte semelhança com a Estátua da Liberdade”.
O antropólogo também falou sobre a importância do líder da tribo.
”O líder tribal exerce um papel fundamental. Todo dia ele reúne os membros em torno de si e conta histórias. Essas fábulas mantém todos coesos.”
“Os guerreiros defendem o líder com todas suas forças. Todo sucesso é atribuído a ele; todo fracasso, aos inimigos.”
Lembro-me finalmente de que a matéria falava que as descobertas de TN Panda reavivaram um debate antigo, mais de cunho filosófico. Tribos como essas devem permanecer isoladas da realidade ou devem ser incorporadas aos poucos ao mundo civilizado?