Insônia - BVIW
Tema: Pensei, mas não veio nada (crônica)
A hora já ia avançada e nada de sono. Afundei o chão entre meu quarto, a cozinha e o banheiro. O calor, nessa época do ano, especialmente num março onde "são as águas de março fechando o verão…" desmentiram a canção, ajuda a não dormir. A cabeça vai ficando pesada e confusa. E o coração não sossega. Êta tempo difícil! A pandemia que não dá trégua vai engolindo a minha paz e o meu sono. O maldito relógio conta o tempo com os tic-tac ritmados. Cheguei à janela pra ver a lua e as estrelas. Quem sabe teríamos assunto? Nada… Elas não se importam com minha agonia. Também, pudera! Tristeza não é boa companhia. Aposto que se tivesse leve e feliz a lua viria sentar-se comigo na calçada, enquanto as estrelas fingiriam ser pirilampos, descendo e subindo perto de nós, só pra dar aquele ar romântico. Tive a ideia de escrever. Peguei o celular, e implorei a Poesia que se fizesse em mim. Pensei, mas não veio nada, nem uma frase, nem um Haikai, ou ainda uma aldravia que fosse. Chocoalhei a cabeça e mesmo assim as palavras não se encontravam. Pensei: estão de mal! Peguei meu tercinho fluorescente e segurei na mão. Ah, era isso! Tinha que acordar minha fé, que dormia… depois, o sono levou-me para as profundezas, com o terço na mão e calor no coração.
Tema: Pensei, mas não veio nada (crônica)
A hora já ia avançada e nada de sono. Afundei o chão entre meu quarto, a cozinha e o banheiro. O calor, nessa época do ano, especialmente num março onde "são as águas de março fechando o verão…" desmentiram a canção, ajuda a não dormir. A cabeça vai ficando pesada e confusa. E o coração não sossega. Êta tempo difícil! A pandemia que não dá trégua vai engolindo a minha paz e o meu sono. O maldito relógio conta o tempo com os tic-tac ritmados. Cheguei à janela pra ver a lua e as estrelas. Quem sabe teríamos assunto? Nada… Elas não se importam com minha agonia. Também, pudera! Tristeza não é boa companhia. Aposto que se tivesse leve e feliz a lua viria sentar-se comigo na calçada, enquanto as estrelas fingiriam ser pirilampos, descendo e subindo perto de nós, só pra dar aquele ar romântico. Tive a ideia de escrever. Peguei o celular, e implorei a Poesia que se fizesse em mim. Pensei, mas não veio nada, nem uma frase, nem um Haikai, ou ainda uma aldravia que fosse. Chocoalhei a cabeça e mesmo assim as palavras não se encontravam. Pensei: estão de mal! Peguei meu tercinho fluorescente e segurei na mão. Ah, era isso! Tinha que acordar minha fé, que dormia… depois, o sono levou-me para as profundezas, com o terço na mão e calor no coração.