ONDE TOCAM OS SINOS? RENASCER.

Onde tocam os sinos? Renascer. Cremos na Ressurreição.

Os sinos calaram, não chamam mais para festas, nem para um simples abraço que faz ebulição das afetividades.

O mundo parou. O que houve? Uma presença que não se despede e insiste em afastar o amor das trocas que movimentam emoções. Presença indesejada que chegou de surpresa e sacrificou o planeta, o mundo, as gentes.

Nenhuma guerra surda mudará o interior de quem já se apresenta nas exterioridades com o caráter forjado no pêndulo da vida, balança do bem e do mal. Nenhum interior será mudado. A dissimulação, o egoísmo, a inveja, a sordidez, a falácia persistirão pela etiologia da chegada, não nasceram da visita desse mal que assola. É a genética carregada pelos problemas existenciais, forrados na sequela das frustrações. É a "cruz existencial" lançada no próximo nas mais baixas manifestações.

Há no momento uma vontade de presenças hígidas, sem aleivosias. Não vão mudar pela inopinada visita do mal que não parte. Essa higidez desejada segundo Voltaire se ausenta do mundo em 2/3 da população. Não pensam. Predomínio do mal, do perfil canhestro que se agrega ao embrião genético, sem possibilidades de recuperação. É como a íris, a digital, o traço, o genoma; chegam com o berço, são únicos. Assim nasceram, assim restarão.

Avulta a fuga do abraço, a distância do beijo, de um simples carinho onde as mãos falam a voz do bem querer.

Silentes todos os sons, harpas do céu não mais fazem vibrar os acordes que se fundem no leito dos ventos e levam a história do amor. Viaja no vento um novo inimigo, invisível e fatal. Já não bastavam as sequelas da "personalidade", falaciosa e escorregadia, sem medo de se mostrar em arroubos pusilânimes.

Por quanto tempo a subtração do carinho restará atrás das máscaras até nos mais sinceros, sem poder doar amor presencial. Por quanto tempo a fuga da autenticidade dos falsos recalcitrantes, que não precisam usar máscaras para mostrarem o que são, serão mais intensas?

Não se ressuscitam botos e parvos de sentimentos, algemas do mal estão cerradas.

Em hora dramática rasga o horizonte nova ressurreição do Filho de Deus, sofredor do maior martírio visto na história humana. O mesmo abandono clamado ao Pai pendendo da Cruz, “Abba porque me abandonastes ?”

Rogamos RENASCERMOS dessas cinzas que não se dissipam: PAI, MISERICÓRDIA.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 30/03/2021
Reeditado em 30/03/2021
Código do texto: T7219526
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