DA SAUDADE
Guida Linhares
Estamos vivendo um tempo de saudade! De tudo aquilo que podíamos fazer e usufruir há pouco mais de um ano, e a pandemia nos roubou essa alegria.
Confinados, buscamos fazer algo que ajude a preencher o tempo e sentimos falta das idas e vindas à rua, quando o perigo maior era apenas a visível violência urbana. Agora o risco é tão invisível, quanto o ar que respiramos e quiçá não esteja nele nenhuma partícula do agente infeccioso espiculado, quando por qualquer razão precisarmos retirar a máscara do rosto.
E aqueles que obrigatoriamente precisam sair para cumprir suas obrigações e se aboletam em transportes urbanos, por vezes lotados e penso até que estes também deveriam ser priorizados, na aplicação da vacina, pois estão expostos ao ambiente hostil.
A saudade pode ser boa, quando relembramos momentos especiais ou pessoas queridas que já partiram, contudo a saudade agora é de outra configuração!
Saudade do vento no rosto, da andarilhada à beira mar, de catar as conchinhas e caracóis, de pura e simplesmente olhar o mar e caminhar movimentando os pensamentos, sob a benção do sol e da brisa marinha.
Saudade de poder abraçar, e muito doeu não poder fazê-lo num momento em que o desfecho mais bonito seria um forte abraço e o neguei à minha querida irmã! Doeu! Mas até que ponto abraçando, poderia estar prejudicando?
Às vezes penso que não se tem certeza de nada e apesar de tantas informações e desinformações, continuamos tateando num escuro que não se sabe até onde vai!
O primeiro caso chegou ao Brasil em fevereiro de 2020, totalizando 312.206 mortos, e graças aos profissionais da saúde, incansáveis nesta guerra invisível, dos 12.534.688 casos, já foram recuperados 10.912.941, e 1.309.541 em acompanhamento.*
Que todas as pessoas se conscientizem de que é um tempo de espera, em que festas e aglomerações são verdadeiros focos de transmissão e a solidão pode ser vencida através da virtualidade.
Vamos lembrar que na epidemia de 1918, nem rádio havia e hoje temos todo um aparato tecnológico que nos permite à distância estabelecer as comunicações necessárias.
"No Brasil, a primeira transmissão ocorreu em 1923, por Edgard Roquete Pinto e Henry Morize." **
Esperamos que haja luz no fim deste túnel e que possamos retornar aos velhos tempos, com uma nova vontade de ser mais fraterno, menos consumista, valorizando mais as manifestações de afeto, e a desejada liberdade de poder ir e vir até onde o coração alcançar.
Concluindo, será que no futuro sentiremos saudade destes tempos vivenciados agora?
*
https://especiais.gazetadopovo.com.br/.../casos-no-brasil/
**
https://www.todamateria.com.br/historia-do-radio/
Santos/SP/Brasil
29/03/21
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Guida Linhares
Estamos vivendo um tempo de saudade! De tudo aquilo que podíamos fazer e usufruir há pouco mais de um ano, e a pandemia nos roubou essa alegria.
Confinados, buscamos fazer algo que ajude a preencher o tempo e sentimos falta das idas e vindas à rua, quando o perigo maior era apenas a visível violência urbana. Agora o risco é tão invisível, quanto o ar que respiramos e quiçá não esteja nele nenhuma partícula do agente infeccioso espiculado, quando por qualquer razão precisarmos retirar a máscara do rosto.
E aqueles que obrigatoriamente precisam sair para cumprir suas obrigações e se aboletam em transportes urbanos, por vezes lotados e penso até que estes também deveriam ser priorizados, na aplicação da vacina, pois estão expostos ao ambiente hostil.
A saudade pode ser boa, quando relembramos momentos especiais ou pessoas queridas que já partiram, contudo a saudade agora é de outra configuração!
Saudade do vento no rosto, da andarilhada à beira mar, de catar as conchinhas e caracóis, de pura e simplesmente olhar o mar e caminhar movimentando os pensamentos, sob a benção do sol e da brisa marinha.
Saudade de poder abraçar, e muito doeu não poder fazê-lo num momento em que o desfecho mais bonito seria um forte abraço e o neguei à minha querida irmã! Doeu! Mas até que ponto abraçando, poderia estar prejudicando?
Às vezes penso que não se tem certeza de nada e apesar de tantas informações e desinformações, continuamos tateando num escuro que não se sabe até onde vai!
O primeiro caso chegou ao Brasil em fevereiro de 2020, totalizando 312.206 mortos, e graças aos profissionais da saúde, incansáveis nesta guerra invisível, dos 12.534.688 casos, já foram recuperados 10.912.941, e 1.309.541 em acompanhamento.*
Que todas as pessoas se conscientizem de que é um tempo de espera, em que festas e aglomerações são verdadeiros focos de transmissão e a solidão pode ser vencida através da virtualidade.
Vamos lembrar que na epidemia de 1918, nem rádio havia e hoje temos todo um aparato tecnológico que nos permite à distância estabelecer as comunicações necessárias.
"No Brasil, a primeira transmissão ocorreu em 1923, por Edgard Roquete Pinto e Henry Morize." **
Esperamos que haja luz no fim deste túnel e que possamos retornar aos velhos tempos, com uma nova vontade de ser mais fraterno, menos consumista, valorizando mais as manifestações de afeto, e a desejada liberdade de poder ir e vir até onde o coração alcançar.
Concluindo, será que no futuro sentiremos saudade destes tempos vivenciados agora?
*
https://especiais.gazetadopovo.com.br/.../casos-no-brasil/
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https://www.todamateria.com.br/historia-do-radio/
Santos/SP/Brasil
29/03/21
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