Seis Aninhos

HOJE faz seis aninhos que publiquei a minha primeira maltraçada neste Recanto das Letras. Foi no dia 29 de março de 2015. Quem me incentivou a participar deste site foi uma filha. Como sou mobral em informática, el me cadastrou e até digitou a número um. Ocorre que em vez de publicar na área das crônicas colocou, pasmem, na de duetos. Nunca pdi para mudar. Ficou lá como lembrança. Inesquecível.

Não vou entrar em detalhe sobre esses seis anos de militância aqui no RL, onde só fiz amizades e aprendi muito. Não tenho queixas. Participar do Recanto me fez ficar mais feliz.Juro.

Para comemorar oque considero um marco em minha vida, vou transcrever o primeiro escrito,mas o neto vai postar na área correta, na de crônicas.

GRATIDÃO

Não defendo e nunca defendi que se pague um favor, seja ele qual for, grande ou pequeno,com adesão sistemática do beneficiado ao benfeitor. Principalmente no que tange ao alinhamento eleitoral. Mas devemos respeitar e ser gratos a quem nos ajudou num momento difícil.Mesmo dando a volta por cima e alcançando posição e estabilidade financeira, o homem de verdade não pode e não deve esquecer quem lhe beneficiou no tempo das vacas magras, das dificuldades, nos maus momentos. Há que haver o sentimento da gratidão. E a humildade de se reconhecer devedor. Se fomos humildes na hora de receber o favor, devemos proceder da mesma forma quando estivermos em melores condições de vida.

Mas nem sempre acontece isso. Pelo contrário, o beneficiado costuma esquecer o seu benfeitor e, não raro, de forma indigna e covarde. Não podemos esquecer da imagem do César esfaqueado, sangrando e perguntando perplexo: "Até tu, Brutus, meu filho?!!!". Augusto dos Anjos comparou a ingratidão a uma pantera e execrou-a com um verso célebre: "A mão que afaga é a mesma que apedreja".

Há ene condenações à falta de humildade e à ingratidão, à traição e ao "esquecimento" dos beneficiados aos favores que receberam dos benfeitores. Para mim a melhor delas é de Shakespeare: "A experiência me me ensina que a humildade é a escada que se serve a ambição para atingir o fim desejado. Desde que chega ao cimo, ela volta as costas à escada, dirige o olhar para os céus e desdenha dos humildes degraus que serviram para a sua ascensão. Viva a gratidão.

Ainda não usava o inté. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 29/03/2021
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