A MORTE É A ÚNICA CERTEZA DA VIDA.

O drama da vida humana consiste em seus desenfreados desejos carnais, a qual, por tantos ignorados, os levam ao desespero existencial de não saberem se encaixar no mundo em que se considera, um mundo cão. Os prazeres que regem a carne é uma constante negativa no duelo com espírito humano, é uma autêntica guerra em muitas mentes - não na minha - pois entendo que, devo alimentar aquele que mais me aprouver, e é claro que, a carne sacia a minha feminilidade caída muito mais do que o espírito abatido, mas não sou eu o foco, então, voltemos ao assunto proposto.

Desejo que todos igualmente alimentem o lado que mais lhes agradar, quer seja espírito, quer seja carne. Uma vez feito isso, há de se prevalecer quem estiver melhor cuidado. Sendo assim, minha carne, meu alimento, minha perdição, minha loucura, embora, haja entre os ditos espirituais, carnais muito bem disfarçados de benevolentes… Não exatamente disfarçados, mas, de tão caídos que se tornaram em seus pecados ocultos, que igualam-se aos carnais. Falando assim, nem me reconheço às vezes, eu, tão cheia de mim, idealista, sempre me negando a responder certos comentários.

No entanto, a um pedido especial de meu amigo, também colunista e Jornalista desta página 'Alberto Lispector', fiz quase a contragosto esse breve adendo ao assunto corrido em uma mesa de café. Lembrando que tais ideias e perguntas não partiram da mente do 'Alberto', e sim a de nosso amigo e também escritor, dono da pagina, 'Tiago Pena'. Comentário feito, resposta dada e publicada. É o que eu acho, é me limito a isso… Não quero mais falar no assunto…

Todavia, no tocante a vida humana neste presente momento, é completamente sem valor. Vivemos uma pandemia devastadora, que só fez mostrar o que há de pior em cada um de nós. Esse lado obscuro e melancólico sempre esteve presente em cada um, faz parte da nossa natureza caída, é praticamente impossível fugir dos fantasmas que criamos para o nosso próprio deleite.

O circo de horrores está na cidade meu bem, trazendo consigo os espetáculos mais trágicos de todos os tempos. Não é o espetáculo em si que é o mais absurdo, e sim a multidão eufórica que o assiste. Homens e mulheres, fantoches, todos exercendo o seu inutil papel em uma sociedade podre, levada a crer que é o exemplo. Na verdade nunca existiu uma sociedade, comunidade, ou seja lá o que for, ideal é exemplar… Somos todos levados pelos ventos da inquietação de nossos corações, de nunca estarmos satisfeitos com nada e nem com ninguém. Admitem. Isso é um fato, e o motivo não é o lugar é as coisas… O motivo foi e sempre será nós mesmos. Somos o fruto da carnalidade pecadora de Adão, assim nascemos, assim morreremos. O que acontece entre o nascimento e a morte é mero teatro. O desejo pelo pecado se esconde no olhar de religiosos disfarçados de bonzinhos, ao ver a bela jovem de roupas indecentes passar. Ele a deseja com tanto intensidade e fogo carnal que acaba negando para si mesmo a força da sua natureza humana caída. Meu amigo Alberto, Tiago… Em algum momento dessa breve vida, todos nós, cegamente, nos entregamos, de corpos e alma para o pecado que tanto desejamos. O que mais temíamos. Pode ser que eu esteja errada, sim… Posso incorrer no erro de pensar a vida dessa forma, mas essa sou eu, e não sei ser diferente, entretanto, na mesma proporção pode ser que eu esteja certa em tudo, afinal. A única certeza da vida é a morte.

( L. B )

Luise Batiliere.
Enviado por Tiago Macedo Pena em 28/03/2021
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