IV 17 DE MARÇO DE 1.962... 08h31min.

Vamos escrevendo e as lembranças afluem em nossa mente, que são os “arquivos” de nossa alma e, certamente tem pessoas que passaram ao longo de nossa vida e são lembradas, e isto, acredito, que também é inerente aos nossos prezados leitores (as).

Duas pessoas iremos mencionar, uma delas já a conhecíamos já algum tempo, Napoleão Araújo, o segundo viemos a conhecer, quando veio a Instituição, - bem no início dos anos 70 – Professor Reinaldo Spitzner, junto com seu filho Ronald, ofertava algum item de alimento, para Casa da Criança Francisco de Assis, que já na época atendia algumas crianças, quando o conhecemos.

Foram pessoas diferenciadas, cujo laços de amizade se fortaleceram ao longo dos anos.

A singela casa que moramos durante perto de quatro anos, 68/72, guardamos imorredouras lembranças, a Vanice estava com 6 anos, a Mary com oito meses, e a Nice nasceu em 70, que foi nossa última filha.

Alguns fatos marcantes aconteceram lá, em 1965, fomos os colaboradores diretos dos primeiros passos da Instituição mencionada acima, graças ao empenho do primeiro amigo mencionado, a creche começou com poucas crianças, uma funcionaria tão somente, mas ao longo dos anos foi crescendo, e chegou a atender perto de 90 crianças, na idade até seis anos...

Nos parece que nos 70 a pequena empresa nos ofertou o primeiro veículo, uma Kombi, 63, que iria facilitar o nosso trabalho. Também, para alegria das crianças foi adquirido nossa primeira TV, preto e branco, com a transmissão dos jogos da Copa de 70 em que o nosso país, no México se consagrou Tricampeão.

Corria o ano de 1972, quando comentamos com o primeiro amigo mencionado acima, que estávamos com intensão de adquirir um imóvel, este de pronto respondeu: quando acharem o imóvel, eu empresto o dinheiro, isto para nós foi uma grata e inesperada surpresa.

Por indicação de um saudoso amigo, - Airton – nos indicou uma casa, bem próximo de onde ele morava, o proprietário, comentou que queria vender, em função que queria comprar um outro imóvel em outro bairro mais próximo de seu trabalho, - era funcionário público - de imediato fomos até o amigo, que de pronto nos deu um cheque, - do “saudoso” Banestado - no valor do imóvel...

E como nós pagaríamos? Foi feito algo inusitado, que poucos fariam, hipotecou o imóvel que morava, na Caixa Econômica, pelo valor da compra do imóvel, - pelo valor que nos adiantara – cujo pagamento dos carnês vieram em seu nome, em 60 meses, que sempre procuramos pagar em dia...

É por isto que muitos afirmam que os verdadeiros amigos não passam dos cinco dedos de uma de nossas mãos... 09h15min. É provável que este seja o epílogo de nossa breve “história”, apesar que o Dartagnan, pede que continuemos...

Curitiba, 27 de março de 2021 – Reflexões do Cotidiano – Saul

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Walmor Zimerman
Enviado por Walmor Zimerman em 27/03/2021
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