BRASILÂNDIA DE CABEÇA PARA BAIXO

(O Tempo em que O REINO DE BRASILÂNDIA Ficou bem pior que "normal").

Havia um rei em brasilàndia "O Molusco" que de tão "mole e nutritivo", foi capiturado e servido como manjar aos nobres e aos pobres daquele reino; serviu também de exemplo de que não se deve distribuir as riquesas de um reino para o seu povo, só para os governantes e aqueles das classes mais abastadas.

Quando o molusco reinava, por ele ser muito nutritivo, se preocupava que em seu reino ninguém passasse fome e todos tinham acesso à boa parte das riquezas daquele reino.

As coisas caminharam bem por certo tempo mas veio a fase um pouco ruím e muitos se aborreceram por as coisas estarem ficando um tanto Rusself. Estavam mal acostumados com as facilidades do molusco, muitos não queriam produzir, se afastavam da simplicidade e da evolução espiritual.

O temor ao criador e o amor pelo próximo parecia cada vez mais distante, então, de repente, o vento começou a soprar diferente e com mais força em brasilândia, logo todos sentiram que chegava a hora de temer, mas ainda não era o fim porque coisa bem pior viria, o bolso era mais fundo do que se pensava.

Contrastando com a moleza do molusco empossaram um rei chamado bolso fundo, este trouxe rigidez para seus adversários, a fome para o povo, tragédias e a Morte aos milhares.

Bolso fundo, de mãos dadas com um molro se dizia cristão e afirmava que esta relação era pela moral, logo depois de empossado rompeu suas núpcias com o molro e a moral, seguiu-se a promiscuidade e trocas com diversos parceiros começando pelo centro, namorou um pseudo maia arregado de alcool e vislumbre, um verdadeiro alcoolumbre, indecente, anunciou que iria namorar com a Luiz, mas foi rechaçado pela luz que era fux; com masculinidade duvidosa e gosto ambiguo namorou e contraiu novas núpcias com a rainha da arte que nada sabia da arte de divisão e logo foi repudiada também, ele até se deu bem com muitos de seus namorados e tiveram muitos prazeres, mas com ela, com a rainha, logo ficou enojado.

A ex-rainha foi então promovida, de modo inédito, a viúva de marido vivo, como assim? Ele estava vivo mas era a própria morte em pessoa, logo estava morto, e mesmo vivo sua esposa era uma viúva porsinal.

Brasilândia, definitivamente, estava de cabeça para baixo. Em tempo normal aquele que mandava era chamado de mandeta, porém, neste novo reino de brasilândia, pra piorar e exterminar o sentido da palavra mandeta, o rei tentou mudar a língua oficial de brasilândia, determinou que a partir daquele momento aquele que mandava se chamaria Taixi, conforme o significado e tradução da nova língua que o rei, ele mesmo tinha inventado.

Misturou o português com o japonês resultando num Taixi, até combinando com o "xíii" dos baianos, sinalizando que vinha coisa pior pela frente, não por causa do taixi, o taixi foi só uma passagem dos tempos e não demorou muito, foi tão rápido como uma chuva de verão.

Em brasilândia depois da chuva sempre segue-se a tempestade, e ela veio, veio tão forte como um general, e tão falso como o seu próprio nome, se dizia da paz mas se revelou um pazuelo, de paz não tinha nada, zuelo ou zuar lhe caia como luva no dia "D" e na hora "H", e, deixou bem claro que o único elo, conforme trazia no seu nome, era com o seu chefe bolso fundo, ou seja, a morte.

Por fim, não se sabe como, o molusco ressurgiu, com a mesma moleza e força nutritiva de outrora: disse que era possível vencer o bolso fundo se todos focassem na vida em contraponto com a morte.

Logo o bolso fundo foi convencido a sair de cena porque o seu reinado se aproximava do fim e sua missão já estava cumprida, deu cabo à vida de milhares, empurrara todos de brasilândia e de outros reinos para o fundo do poço, por pura sorte não foram empurrados para o fundo do bolso fundo, porque seu bolso não tem fundo, e por mais cheio que esteja sempre continuará vazio e sem fundo.

Assim tiraram o bolsofundo de cena e como marco montaram uma ponte científica e tecnológica por onde poderá passar todo aquele que roga, independente do nome: marcelo que roga, paulo que roga, etc.; seja ele canhoto ou destro; rico ou pobre; preto, amarelo ou branco; macho, fêmea ou as duas coisas; famoso ou anônimo; certo, errado e até o infame...

Por fim, todos devem retomar seus caminhos, "saltar para dentro da vida" de novo e brasilândia voltará a ter, não a paz, e sim a tolerância com as diferenças novamente, e só assim se dirá: brasilândia voltou à "normalidade" e poderá escolher seu novo rei.

Pedronilo Sodré
Enviado por Pedronilo Sodré em 26/03/2021
Reeditado em 27/03/2021
Código do texto: T7216690
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