II 17 DE MARÇO DE 1962... 17h05min.

Dando sequência ao nosso singelo texto, que poderíamos dizer de sucintas memórias, guardados nos “arquivos de nossa alma” ...

A vida prosseguia, com as dificuldades naturais, daqueles não usufruíam das benesses dos bens terrenos, muitos o conseguem por herança, ou por exercerem uma profissão mais rendosa, que não era o nosso caso. Muitas mudanças fizemos, com destaque a algumas situações inesperadas, como a demissão do banco em que estávamos a mais de oito anos, isto em dezembro de 1966...

Quando ficamos desempregados, sempre é um “choque”, pois ficamos sem renda, e se torna urgente conseguirmos um novo emprego, pois tínhamos que suprir as necessidades da família, a esposa e uma filha...

No ano seguinte, - 1967 – aceitamos, o convite do saudoso amigo Octávio Melquiádes Ulisséa, de participar, junto com a esposa de “uma casa lar”, seriam duas, a princípio, parte das despesas seriam custeadas pela Capemi, em seu setor assistencial, seria em torno de 10 crianças, uns até no começo da adolescência, foi uma experiência gratificante, muito embora isto tenha durado apenas um ano, de repente as duas casas lares de desfizeram, e os menores foram “transferidos” para o Rio de Janeiro, sede desta instituição. Mas tarde, alguns votaram para nossa cidade, reatando os nossos vínculos de fraterna amizade, em face da convivência familiar de um pouco mais de um ano...

Alguns, mesmo após tantos anos veem nos visitar, com uma família formanda, e uma vida estabilizada, como foi o caso de um deles, Jairo, que veio com a esposa, professora aposentada, Eva e ele funcionário estatual, também aposentado, com severas limitações, em face de ter sofrido um AVC...

Ainda não tinha chegado a hora de termos nosso “cantinho”, pois nos 68 a 72, agora com mais duas filhas, Mary, em 1967 e Nice em 1970...

Nos anos mencionados acima, fomos convidados para morar numa humilde residência, de uma instituição, a luz e água eram uma cortesia, é evidente que prestávamos algum tipo de trabalho, que iam muito além disto, pois o “espiritual”, superava muito o material.

Finalmente, em 1972, conseguimos adquirir nossa casa própria, pois com o nosso novo emprego, 1968, e outro e 1969, ligados à érea do comércio, - propaganda médica e venda - as portas se abriram nos dando um pouco mais de folga financeira, as três crianças crescendo, para que um dia pudessem assumir os seus próprios caminhos. Não deixa de ser a vida com seus nuances uns bons e outros nem tano. 17h41min. Saul

Curitiba, 24 de março de 2021 – Reflexões do Cotidiano – Saul

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Walmor Zimerman
Enviado por Walmor Zimerman em 25/03/2021
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