Ocupação a ocupados e desocupados
A mudança de costumes ou de hábitos, repentina, incomoda, até aquilo que pouco tem vida. O trajeto da construção de um formigueiro segue forma e método, que, instintivamente, atribuem, a cada uma das milhares formigas, segundo suas categorias “sociais”, o devido caminho, certo e habitual, transportando grãos de terra, de areia ou pedacinhos de comida para hibernar e se proteger da chuva, durante longo inverno. Mas, se aparece uma pedra no caminho ou uma jorrada d’água, o formigueiro, em peso, solidariamente, sofre radicais perturbações e age, seguindo o comando ou a liderança, não sei como, de alguns daqueles pequenos bichos. Sobre isso, não é uma fábula e há outras leituras...
Contemplando, desde o início, o atual mundo pandêmico, ponho-me a observar essas inquietações, em curso e as que hão de vir. Percebe-se o que pensam, o que agem, até mesmo à qual ideologia ou religião pertencem. Logo, despontam idólatras do ouro e da impossível “perene estabilidade” e também da conservação permanente dos hábitos e dos costumes. É certo que, até então, os hábitos, sobre o que me ensinou Aristóteles, são frutos e decisões das experiências aprovadas, na vida, de todo um acervo de condutas, animais ou culturais. Então veio um minúsculo bicho para infectar a humanidade que parecia sadia, agarrada a um pretenso e falso “bem estar-coletivo”. Não, não estávamos bem, nem do juízo, a se fazerem escolhas políticas completa e claramente promissoras de desacertos. Quanto a isso, nem minto, nem me equivoco. Sucede uma campanha, super organizada em mídia e na realidade, subliminar e maniqueísta, tentando tutelar a escolha ou, ocasionalmente, o voto do povo, como esse fosse uma manada.
Voltando à origem do texto, haveria perturbações, causadas por essa crescente e letal infestação de um certo vírus ? Inúmeras. Não somente a de se perder a vida, como também a de perder os bens, e até a de se fazer esses crescerem. Assim é o utilitarismo em qualquer circunstância. Apavorados ou indiferentes como se estivéssemos num formigueiro, inundado pela água, morre-se até o grito “salve-se quem puder”.
Vida haverá e vida fará quem disser “salvemo-nos, porque nós nos solidarizamos”. A essencial ocupação aos ocupados e aos desocupados é a solidariedade. Sei que quem se preocupa em massagear, pintar e tornar admirável a narcisista fisionomia não suporta, tampouco tolera, no lugar dessas pinturas e tratos, usar máscara, seja ela de brim, algodão ou de fina seda. Protejamos os outros e, consequentemente, proteger-se-á cada um desse mal que nos assola. Contra essa implacável doença, não podem nos abater o cansaço, o desânimo, tanto nas nossas casas, como em suas ruas, que têm sido consideradas angustiosas. Essas angústias ainda não se leem na fronte dos desocupados ou descompromissados, mas, se assim continuar, haverá um dia em que lhes trarão pena.
A mudança de costumes ou de hábitos, repentina, incomoda, até aquilo que pouco tem vida. O trajeto da construção de um formigueiro segue forma e método, que, instintivamente, atribuem, a cada uma das milhares formigas, segundo suas categorias “sociais”, o devido caminho, certo e habitual, transportando grãos de terra, de areia ou pedacinhos de comida para hibernar e se proteger da chuva, durante longo inverno. Mas, se aparece uma pedra no caminho ou uma jorrada d’água, o formigueiro, em peso, solidariamente, sofre radicais perturbações e age, seguindo o comando ou a liderança, não sei como, de alguns daqueles pequenos bichos. Sobre isso, não é uma fábula e há outras leituras...
Contemplando, desde o início, o atual mundo pandêmico, ponho-me a observar essas inquietações, em curso e as que hão de vir. Percebe-se o que pensam, o que agem, até mesmo à qual ideologia ou religião pertencem. Logo, despontam idólatras do ouro e da impossível “perene estabilidade” e também da conservação permanente dos hábitos e dos costumes. É certo que, até então, os hábitos, sobre o que me ensinou Aristóteles, são frutos e decisões das experiências aprovadas, na vida, de todo um acervo de condutas, animais ou culturais. Então veio um minúsculo bicho para infectar a humanidade que parecia sadia, agarrada a um pretenso e falso “bem estar-coletivo”. Não, não estávamos bem, nem do juízo, a se fazerem escolhas políticas completa e claramente promissoras de desacertos. Quanto a isso, nem minto, nem me equivoco. Sucede uma campanha, super organizada em mídia e na realidade, subliminar e maniqueísta, tentando tutelar a escolha ou, ocasionalmente, o voto do povo, como esse fosse uma manada.
Voltando à origem do texto, haveria perturbações, causadas por essa crescente e letal infestação de um certo vírus ? Inúmeras. Não somente a de se perder a vida, como também a de perder os bens, e até a de se fazer esses crescerem. Assim é o utilitarismo em qualquer circunstância. Apavorados ou indiferentes como se estivéssemos num formigueiro, inundado pela água, morre-se até o grito “salve-se quem puder”.
Vida haverá e vida fará quem disser “salvemo-nos, porque nós nos solidarizamos”. A essencial ocupação aos ocupados e aos desocupados é a solidariedade. Sei que quem se preocupa em massagear, pintar e tornar admirável a narcisista fisionomia não suporta, tampouco tolera, no lugar dessas pinturas e tratos, usar máscara, seja ela de brim, algodão ou de fina seda. Protejamos os outros e, consequentemente, proteger-se-á cada um desse mal que nos assola. Contra essa implacável doença, não podem nos abater o cansaço, o desânimo, tanto nas nossas casas, como em suas ruas, que têm sido consideradas angustiosas. Essas angústias ainda não se leem na fronte dos desocupados ou descompromissados, mas, se assim continuar, haverá um dia em que lhes trarão pena.