A primeira vez - BVIW
A primeira vez, não tem como esquecer, são tantos pensamentos e emoções. Um turbilhão de dúvidas pairam no ar, agora é que são elas. A hora da verdade, ou tudo, ou nada. Fazer uma consulta ao pai de santo não era a minha praia, perguntar para os amigos gerava insegurança, muitos eram inexperientes e casaram sem saber. O psicólogo Google não era profissional, estava engatinhando. E mesmo se estivesse atuando, eu não teria a mínima chance de contratá-lo. Os livros que eu tinha acesso não falavam sobre isso, uma desinformação total. Meus pais não eram as pessoas mais sensatas, colocaram na cabeça que primeiro tinha que casar. Como se fosse um pecado mortal desejar. Tem nada não, eu faria assim mesmo. Estava obstinada, as consequências, só Deus saberia, era com Ele. Minha mãe já tinha um pretendente, mas, eu não buscava paixão. Queria aventurar-me, e nessa entrega, chegou o dia D. Mãos trêmulas, pernas bambas, o corpo ardia em chamas, e a cabeça estava a mil. Teve uma hora, que quase desmaiei, uma dor de cabeça, nada de relaxar. O medo é uma sensação estranha, e a vizinhança parecia não saber de nada. Depois de tudo, uma onda de provocação surfa em sua mente. Um mês depois, nada. Estava perdida. Foi quando, em um jornal local, saiu a lista de aprovados no vestibular da Universidade Estadual da Bahia – UNEB, fui a quinta colocada. Foi show! Que alegria!