17 DE MARÇO DE 1962... 09h04min. (Reminiscências).

Penso, até que falar de nós não é o mais importante, muito embora sejamos criaturas comuns, sem qualquer “destaque”, mas, nos “existimos” e não somos tão somente “números”.

Uma união conjugal, muitas vezes foge aos parâmetros da normalidade, em que a “voz” do coração fala mais algo do que da “razão”.

O jovem casal estava com vinte anos, sem qualquer “preparo” financeiro, o que para muitos fugiria as “regras” do bom senso. Muitas vezes os laços do coração falam mais alto do que a razão, ele modesto bancário, ganhando bem pouco, em torno de um e salário mínimo e meio por mês, ela balconista de uma papelaria, ganhando o mínimo, mas no final as coisas foram se acomodando.

O casamento, foi feito somente no civil, com pouquíssimos convidados, em face de não haver “numerário”, para um casamento em “grande estilo”. Houve até um fato inusitado, os noivos receberam um telegrama de felicitações do eminente vulto do espiritismo Divaldo Pereira Franco, pois nosso saudoso tio Vitor, tinha muita amizade com e ele, e acabou contando o sobre a nossa data de casamento...

Dai para frente as coisas foram acontecendo, a jovem esposa ficara grávida, com uma gravidez de sério risco, e de modo inesperado tivera que pedir demissão de seu trabalho, daí para frente competira a nós prover e manter as despesas do humilde lar.

A singela casa que moravam havia um contrato, que o aluguel sempre corresponderia a um terço de um salário mínimo. É evidente, que como o ganho era pouco, exigia muito controle nos gastos.

A coroação de uma união conjugal, são os filhos, e acabou acontecendo: apesar de uma gravidez de risco, finalmente em 9 de dezembro daquele longínquo ano mencionado, nasceu a primeira filha a Vanice, a jovem esposa ficou no hospital durante dez dias...

A vida de cada um não deixa de ser um aprendizado, com experiências para “moldar” nossa alma, a união familiar é de grande valia para este “burilamento”, razão pela qual os interesses da família devem ficar acima de tudo.

Mas, infelizmente, muitos não pensam e procedem assim, e diante das dificuldades e com surgimento de “picuinhas” muitos “abandonam o barco”, se esquecendo dos compromissos assumidos, isto quer dizer que os compromissos foram colocados em segundo plano. E, certamente, isto pode ser motivo de arrependimento amanhã... 09h43min. Curitiba, 23 de março de 2021 – Reflexões do Cotidiano – Saul

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Walmor Zimerman
Enviado por Walmor Zimerman em 23/03/2021
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