365 dias sem tirar

Aluu! Inuugujaq meus 23 fiéis leitores e demais e demais 36 que de quando em vez passam aqui por esse meu bunker literário, usando máscara e mantendo o distanciamento social, para ver se este Bacamarte está cumprindo rigorosamente o seu isolamento preventivo e produzindo crônicas epidemiológicas. Ajunngilla?

Eu resolvi vir aqui hoje, em vez de sexta-feira, pois estou completando neste domingo 365 dias sem tirar a máscara para sair na rua, isso quando saio, o que poucas vezes aconteceu e, quando aconteceu, foi só por extrema necessidade, tipo assim para tirar o pai da forca ou coisa parecida, tuzes entendem. Daí resolvi compartilhar isso com tuzes, os 365 dias de isolamento social deste Bacamarte e de sua amada esposa Louise.

O casamento ficou melhor, a parceria ficou melhor, a comida ficou melhor, o WC e a casa ficaram mais limpos, a biblioteca e a casa ficaram melhor arrumadas, o sexo ficou melhor (ah, nada como a prática diária, mesmo depois de anos juntos) e a relação com os vizinhos melhorou, até por que tenho mantido distância (social) deles. A nos acompanhar apenas o Blackfire e o Meganha. Toninho Jr, senhor e senhora Bacamarte, Feio, Aghneta, todo esse pessoal só vejo por chamada de vídeo, é cada um na sua casa. Sem essa de visita de amigo ou parente, pois foi numa dessas que a atriz brasileira Nicete Bruno se foi após dez meses fechadinha dentro de casa. Nunca se sabe o que se passa na cabeça das pessoas e muito menos ainda se o vírus está dentro delas, logo, sem vacina, sem visita, até porque esse Bacamarte é diabético, né.

Passou uma primavera e já está chegando outra e eu aqui, feito a Rapunzel em sua torre: presa, mas isolada da maldade do mundo exterior. E sem essa de jogar trança pra príncipe, nem que ele use saia e tenha o rosto da Bruna Lombardi e o corpo da Luíza Brunet. Por falar em saia, essa e o tal tomara-que-caia são duas peças do vestuário feminino que o nome tem tudo a ver com o que se passa na mente masculina: Saia! Tomara que caia! Vírus até podem faltar na cabeça dos homens, mas esses pensamentos, não. Por isso é bom tomar extremo cuidado com ambos.

Bom, o que dizer mais desses 365 dias? Nada, oras, pois como fico em casa, não tenho o que dizer de diferente. Se tuzes querem algo mais legal sobre o assunto, façam como eu, leiam as crônicas da Mary aqui no Recanto, que ela, assim como o Martinho da Vila, sabe como tornar diferente aquela coisa sempre igual, ou seja, a rotina do casal durante a pandemia e ainda escrever bem sobre.

Ah, lembrei que o Dartanhão, nosso mestre cronista aqui do Recanto, andou receoso por esses dias por ter tomado a vacina da Oxford e ela ter sido contestada por aí. Sossega leão, como diria o Assis Valente. O pessoal já viu que não tem nada a ver, Dart. Toma a segunda dose que, depois que tudo isso passar e eu for ao Brasil, vou aí ao Recife para a gente tomar um café e contar verdades e mentiras um para o outro, coisa que todo bom cronista adora fazer. Será o "marco zero" de nossa nova relação, passando de virtual para física.

Qujanaq por terem dado uma passadinha por aqui hoje. Takuss"!

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Era isso pessoal. Toda sexta, às 17h19min, estarei aqui no RL com uma nova crônica. Abraço a todos.

MAIS TEXTOS em:

http://charkycity.blogspot.com

(Não sei porque eu ainda coloco o link desse blog, eu perdi a senha e não atualizo ele há séculos. Até eu descobrir o motivo pelo qual continuo divulgando esse link, vou mantê-lo. Na dúvida, não ultrapasse, né. Acho que continuarei seguindo o conselho que a Giustina deu num comentário em 23 de outubro de 2013: "23/10/2013 00:18 - Giustina

Oi, Antônio! Como hoje não é mais aquele hoje, acredito que não estejas mais chateado... rsrrs! Quanto ao teu blog, sugiro que continues a divulgá-lo, afinal, numa dessas tu lembras tua senha... Grande abraço".)

CARTA ABERTA aos meus 23 leitores: https://www.recantodasletras.com.br/cartas/3403862

GLOSSÁRIO KALAALLISUT:

Aluu - olá.

Inuugujaq - boa tarde.

Ajuungila - Como estão?

Qujanaq - obrigado.

Takuss' - até mais.