CENAS DOS PRÓXIMOS CAPÍTULOS.

Soltaram o rato novamente, mas, acontece que o rato não se considerava um rato, para ele, é como se nunca fosse da espécie dos roedores. As características físicas que o define, bem como todas as outras são típicas de um exímio ladrão de queijos, isso inclui o perfil comportamental do bichano, indicando sem a menor sombra de dúvidas se tratar de um asqueroso rato vivendo sua vida como se fosse outra coisa qualquer.

O seu comportamento muda conforme a necessidade e o ambiente onde está vivendo, por vezes, ele disse que era um cachorro, por outras, um coelho, até de gato ele já se fez… Gato… É isso mesmo, completamente absurdo, e o que assusta ainda mais é saber que os seus asseclas, igualmente roedores, concordam e apoiam esses comportamentos nada convencionais. Ratos de todos os cantos sequem e o veneram como se fosse uma divindade.

Tempos atrás, esse mesmo bichano foi preso em uma armadilha criada especialmente para ratos. A sua ganância desenfreada por queijos o fez desejar muito além do seu limite. Empenhado em conquistar não somente os domínios da dispensa, onde ficavam os melhores queijos, elaborou um plano para dominar toda a cozinha bem como a casa por completo. Nosso amigo roedor era mesmo destemido, ganhou a confiança de todos, e assim, dominou-os de tal modo que mesmo as suas mais absurdas mentiras eram boas em seus ouvidos, como cristalinas verdades. A cozinha, em pouquíssimo tempo, foi dominada. Agora ele tinha a liberdade de comer queijo sem que ninguém percebesse, porém, a ganância o levou a desejar o resto da casa, cada cômodo dela. E assim fez sem muito esforço, dominando cômodo a cômodo até conseguir expulsar o dono da casa, se tornando assim, o senhor daquele lugar.

O seu modo de comando e de seus semelhantes é simples, porém, muitíssimo eficaz do ponto de vista de domínio das massas, entretanto, ineficiente economicamente a longo prazo. Afinal, quem liga para essas coisas, desde que o populismo beneficie a vontade egoísta dos governados, o governante rato estará sempre seguro em seu trono.

Assim sendo, o rato solto faz a festa.

Não há muito o que se fazer, reaver a casa é complicado, prender o rato é ainda mais difícil. O rato deseja mesmo é a cidade, quem a governa odeia o roedor na mesma proporção que é odiado. Dizem as más línguas que o líder da cidade enlouqueceu, que não fala e nem faz coisa com coisa… Me admira muito perceberem tudo isso somente agora. Essa é a cidade dos não alienados, uma vez que, para viver neste remoto lugar, é preciso ter uma mente completamente insana.

Fica assim então caros amigos, vamos aguardar as cenas dos próximos capítulos.

( A.L)

Tiago Macedo Pena e Alberto Lispector. ( A. L )
Enviado por Tiago Macedo Pena em 21/03/2021
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