Meu amigo de rua

Andando em uma das diversas ruas do centro da cidade, ao longe pude lhe avistar. Estava como que uma bola de arrame, seus trapos eram imundos, seu ambiente cheirava a xixi, e ao seu lado havia algumas tralhas que nem dava para decifrar se ali continha algum alimento.

De repente me vejo se aproximando de ti, e como que num impulso ou ato de caridade, ali estava eu em pé ao seu lado. Neste momento vi seus olhos vagos completos de tristeza e solidão, mendigando não somente um pedaço de pão, mas sim ansiava por um minuto de atenção. Seria super esquisito da minha parte se neste momento eu não sentisse piedade do que via.

Meu estomago de mediato se revirou, a minha mente portanto davam mil voltas. Sem perceber te perguntei algo e dali engrenhamos a uma breve conversa, não foi muito longa até porque eu era uma completa estranha para ele, e naquele instante era impossível já se ter uma confiança de ambas partes.

A rua estava vaga, poucos carros, poucos pessoas transitavam, e nos bares próximo dali continha um imenso barulho onde deu para perceber que havia alguma espécie de jogo. Olho pelo o canto do olho e vejo uma banca de tabua e ao redor dela havia três homens sentados e um de pé, notei que se tratava de um jogo caipira muito conhecido naquela cidade.

Ao olhar para um determinado mercado pessoa entravam e saiam com muita pressa. Na minha frente ficava uma das mais linda igrejas católicas, com características antigas, e por um momento achei aquele encontro determinado por Deus. E bem ali, ao lado de um pobre mendigo voltei meus pensamentos para mim, revivendo dias vividos, então notei que o miserável não era aquele senhor e sim eu.

Acenei com a mão e me despedir, ele em pura gratidão me correspondeu com um sincero sorriso. E foi a partir desse dia que comecei a ser mais grata por tudo que possuo, e também passei a me alto corrigir em diversas atitudes.

E mesmo sendo de mundos deferentes, assim como a sociedade ver, viramos amigos. Quando quero me ver por completa vou até meu amigo da rua e novamente vejo o quanto preciso ser mais humana.

Carol Mel
Enviado por Carol Mel em 17/03/2021
Reeditado em 19/03/2021
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