Brasil do mesmismo eterno
Seguindo sua vocação para monarquia, pelo menos no que diz respeito a manutenção de privilégios para as “elites”, vocação essa consolidada a partir do fim da Segunda Guerra Mundial, com o avanço da influência do Pensamento de Esquerda que culminou no atual sistema monarquico-socialista, o Brasil desenvolveu a incrível capacidade de se manter deitado eternamente em berço esplêndido e ser o eterno país do futuro.
Mas, como isso é possível?
A Constituição Brasileira de 1988 foi elaborada com influência majoritária do pensamento monarquico-socialista, com objetivo de conciliar os interesses de parte da população que tem “sangue azul” com outra parte que quer manter um Estado adiposo controlando uma população de miquinhos amestrados.
Com a aliança esses dois grupos de interesse tiveram garantidos pelo Estado, tanto os privilégios dos “príncipes da nação” como da Nomenklatura.
Em resumo, o pais é dominado por um grupo de pessoas que não tem interesse em mudanças significativas.
Aos olhos dos inocentes cidadãos, parece haver uma disputa entre grupos com interesses diferentes, mas estes se diferenciam apenas em quem tem terá aparente maior poder de comando, se igualando todos na disposição para troca de favores e determinação do mesmismo histórico.
Vejamos alguns exemplos do que seriam incoerências do ponto de vista histórico e de progresso, mas que se tratam de estupidez mesmo:
- temos um moderníssimo Código Civil de 1916;
- temos um moderníssimo conjunto de leis trabalhistas, a CLT, assinada em 1943 por Getúlio Vargas;
O Código Civil teve uma atualização em 2002 que lhe proporcionou um obsoletismo atual.
A CLT teve uma reforma em 2017 e provocou um chororô que dura até hoje.
Contudo, nossa vocação para a ferrugem histórica pode ser buscada em instituições da Idade Média, que nos servem de inspiração. Temos por exemplo, o sistema tributário feudal, as guildas e os alódios.
As guildas eram corporações de ofício que tinham a finalidade de defender interesses de classes de trabalhadores, como construtores e artesãos. Uma pessoa só poderia trabalhar em um determinado ofício, como pedreiro, carpinteiro, padeiro ou comerciante, se fosse membro de uma corporação. Caso não obedecesse, sofria punições.
A guilda mais conhecida e poderosa do Brasil é a Ordem dos Advogados.
Os alódios eram propriedades inteiramente livre de foros, vínculos, pensões e ônus. Um título alodial é inalienável, no sentido de que não pode ser revogado por qualquer ação legal, seja por qual motivo for.
Nosso alódio principal é o Supremo Tribunal Federal.
Como vivemos no país dos absurdos e paradoxos, essas aberrações só poderiam ter como maiores defensores esses seres iluminados que se denominam … “progressistas”.