SOBRE TER MEDO.

Uma crônica encomendada para ser feita sucintamente. Era um "tipo" de campeonato. Disse então como abaixo.

"Sobre ter medo sou imunizado, medo de pessoas, de meus iguais, tenho receio de suas ideias, elas definiram os povos, suas vitórias ou derrotas. Impulsionadas para o bem, consagraram a liberdade do homem, em contrário, enegreceram páginas da humanidade, a escravidão pura e simples, liberdade de ir e vir, finalizando na escravidão da escolha pública da representação, sonegada a educação, ausente permanentemente, que os Estados têm obrigação de conferir, ao menos no ensino fundamental. Se eternizam no poder adquirentes de consciências, criam guetos invioláveis, formam exércitos comprados. Tabelam-se preços para todos. A impunidade comanda comandantes e comandados. De um lado fraudadores da vontade na captação do voto, de outro nuvens trazendo indefinição e receio da subversão das conquistas arraigadas nas liberdades públicas. Subsiste o medo de ideias, retrógradas, sepultadas pelas experiências desastrosas e insistidas em ameaças pontuais. Caminhamos visitados por desgovernos, onde a promessa sempre foi ficção e a letra da lei hipótese. Extinguir o processo de apuração de ilícitos é sempre o propósito. Mudou-se o conceito da honra; se atacada, o procedimento de apuração deve ser varrido para baixo do tapete. A honra do honrado quer ser como a verdade solar, como o sol que não quer sombras para rebrilhar em toda sua plenitude. A honra do honrado repele a tortura da consciência e o sufrágio da benesse que oculta, do favor que desmerece, da doação do obséquio que pede troco, a retribuição que achaca e tem péssimo odor. Caminhar para barrar apurações revela a bondade desprezível dos que transigem escondendo culpas, dos que cedem para não ter necessidade de exigir, dos que dão a fim de que nada lhes peçam, dos que tudo externam por se divorciarem de suas obrigações. A esperança é que se forme o poema dos dias e das noites recusando fortemente a insidiosa corrupção e a fraude, que retiram de todos nós direitos invioláveis das liberdades individuais, conquistados com muito sofrimento e sangue, como acontecido, páginas da história viradas para ensinamento dos homens, sem muito proveito." By Celso Panza - imagem google

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 16/03/2021
Reeditado em 16/03/2021
Código do texto: T7208696
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