A Poesia Ilimitada - BVIW
Tema: Sem Limites (crônica)
Essa tal Poesia não tem limites, nem lei. Conversa com a lua, colhe estrelas, despe a mulher, chega à boca do vulcão. Navega nos mares, submerge no oceano. Entra no vórtice do redemoinho e até dos tufões. Encontra-se ingenuamente com vendavais e tsunamis e ainda sai ilesa. Entra nas casas, senta-se à mesa, dorme nas camas da sedução. Beija, faz amor, sonha. Mas também cospe na cara, bate, esmurra. Fica de mal, às vezes. Porém, quanto mais pacífica e mansa, mais adentra o mundo alheio, mais conquista, fincando sua bandeira territorial. Território de ninguém, estrangeira que é. Passeia pelas cidades cosmopolitas ou chega pela estrada de terra batida às vilas e povoados. Pode tomar o trem-bala, o trem de ferro, o Boeing, o ônibus, o carro... aninha-se nos veleiros e nos grandes navios de cruzeiro. Vai à guerra, sacudindo freneticamente a bandeirinha branca. Entra nas igrejas, nas escolas, nas bibliotecas, nos seminários, nos asilos e até nos presídios.
- Nos presídios, não, que exagero!
- Ah, você não conhece a Poesia!...
Tema: Sem Limites (crônica)
Essa tal Poesia não tem limites, nem lei. Conversa com a lua, colhe estrelas, despe a mulher, chega à boca do vulcão. Navega nos mares, submerge no oceano. Entra no vórtice do redemoinho e até dos tufões. Encontra-se ingenuamente com vendavais e tsunamis e ainda sai ilesa. Entra nas casas, senta-se à mesa, dorme nas camas da sedução. Beija, faz amor, sonha. Mas também cospe na cara, bate, esmurra. Fica de mal, às vezes. Porém, quanto mais pacífica e mansa, mais adentra o mundo alheio, mais conquista, fincando sua bandeira territorial. Território de ninguém, estrangeira que é. Passeia pelas cidades cosmopolitas ou chega pela estrada de terra batida às vilas e povoados. Pode tomar o trem-bala, o trem de ferro, o Boeing, o ônibus, o carro... aninha-se nos veleiros e nos grandes navios de cruzeiro. Vai à guerra, sacudindo freneticamente a bandeirinha branca. Entra nas igrejas, nas escolas, nas bibliotecas, nos seminários, nos asilos e até nos presídios.
- Nos presídios, não, que exagero!
- Ah, você não conhece a Poesia!...