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Eu tinha uma mania, bem da absurda de achar que eu conseguiria viver sem escrever textos. Insanidade a minha. Escrever é minha válvula de escape, é onde toda minha caixinha de pensamentos se esvazia igual cesto de lavar roupa que logo ficará cheio de novo no decorrer dos dias.

Pra se ter uma noção, nos dias que tentei ficar sem escrever me via como "ausente" em alguns momentos, parecia que estava em um mundo paralelo onde não queria voltar. Adoeci. Eram pensamentos fortes que sem perceber já estava gesticulando sozinha. O falar sozinha já é comum na minha família, mas era quase como um refluxo nesse caso pois as palavras não cabiam em mim.

Comecei a escrever no papel novamente mas a mente de uma pessoa ansiosa é mais rápida que a mão. Não acompanha. Mas por que fugir? Por que parar? Por que paramos algo que nos faz tão bem?

Há anos tento tocar um instrumento, hoje digo que estudo música com o instrumento x para minha própria mente não me sabotar. Como temos prazer em sabotar a nós mesmos. Já pensou nisso? Hoje com 30 nas costas vejo quantas vezes me podei simplesmente por pensar "não, isso não é pra você". E era, sempre foi. Tudo bem, ás vezes desistimos no caminho e sim, tudo bem desistir. A desistência também é saudável. O fracasso é consequência, não resultado, entende? "Toda escolha tem uma perda" já diziam os antigos.

Eu escolhi ser escritora e aprender música. Me permito errar e demorar o tempo que for, não tenho pressa, tenho um plano. O plano é fazer aquilo que me agrada e a meta é ser feliz nesse percurso.

Têia Agridoce
Enviado por Têia Agridoce em 15/03/2021
Código do texto: T7207296
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