Pressionados

O que te sufoca hein? O que faz você ficar confuso? Você tem amigos verdadeiros? O passado te persegue? A dúvida é constante em sua vida? As pessoas te julgam sem te conhecer? Apontam o dedo para você e te dizem o que fazer? Existe um deslocamento seu em relação ao mundo? A tua identidade cultural é apropriada por outro grupo que não entende teus sentimentos? O fardo só mundo é pesado e você não tem para onde fugir e chorar?

Eu vi alguns filmes esses dias. Mergulhei em contextos e realidades diversas tentando compreender a realidade que não é a minha, mas eu sinto que faz parte do mundo e das constantes realidades que machucam pessoas. " Os nove de Mangrove", conta a estória de uma comunidade negra e Nort Hill, em Londres na década de 70, que sofre perseguição policial e julgamento. Essa coleção de Smal Axe de filmes, também tem "Loves Rock", na mesma região nos anos 80, onde mostra a reunião de jovens curtindo uma festa com DJ, que nos faz mergulhar no universo e do sentimento dessas pessoas na música e nas relações interpessoais.

Outro filme que vi é chileno: "Piola" mostra a realidade de jovens e seus questionamentos sobre o mundo. Eles usam a música ‘rap’ para se expressar. Tem essa intensidade de se descobrir e querer, vivência o mundo e suas experiências. Depois fui ver "Silenciadas" filme espanhol que se passa em 1609, onde a inquisição católica perseguia pessoas. Um grupo em especial sai pelas vilas e comunidades atrás de infiéis e encontra cinco mulheres que são julgadas como bruxas, por ter uma fé diferente da oficial. 

"Os filhos de Istambul" fala sobre abandono. Sobre morar na rua, sem pais, sobre os traumas psicólogos que todos passam quando estão no mundo hostil e sozinho. 

A realidade que cada película traz é que o nosso conhecimento é limitado e só enxergamos nossos problemas. Não se importamos muitas vezes com o que o outro, passa. Estamos instalados nos nossos guetos e nas nossas próprias dores e nem temos tempo para olhar o que passa fora desse muro. 

O que nos é muito caro, para outros não é nada e vice-versa. Raramente alguém atravessa a ponte do entendimento para pensar que talvez nossos problemas não sejam tão grandes comparados as dores de outra pessoa. Mas no fim cada um, carrega um fardo pesado.

Carlos Emanuel
Enviado por Carlos Emanuel em 14/03/2021
Reeditado em 14/03/2021
Código do texto: T7206488
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