A força nossa de cada dia.

Os tempos tem sido difíceis, e em tempos difíceis temos a tendência a nos enrijecer diante de tudo... ser forte é o padrão que todos querem que sejamos.

E estamos adotando isso como molde de vida, nas nossas relações interpessoais, profissionais, com os nossos filhos – afinal não podemos fazer com eles algo diferente do que fizeram conosco – e essa geração em alguns casos se molda em forjas de fundição de aço, como que vigas consistentes que sustentam uma estrutura, tornando-os confusos com relação aos próprios sentimentos.

Isso não é ruim, mas precisamos entender que até as mais densas ligas metálicas são usadas com uma certa folga para que as variações térmicas não as desetruturem.

“O bambu só resiste ao vento porque enverga...”

Somos seres humanos e essa obrigação de ser forte o tempo todo tem destruído e dilacerado personalidades e acometendo o mundo com o medo de ser fraco... aí entendemos que ser forte, não é ser denso e duro, mas resistente, e ser fraco pode ser lido como ser frágil...

Os pontos se conectam aqui... toda dureza acompanhada de uma frágil flexibilidade se traduz em resistência. Então não é força – é jeito, jeito resistente de ser, mas que também pode e deve sentir medo, pode e deve se exaustar, pode e deve chorar e reconhecer em suas fragilidades as enormes forças que se sustenta... “Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte” disse o evangelista...

Se permita ser normal.