VACINA NÃO É SOLUÇÃO
Os países iniciaram a vacinação de suas populações, começando pelas pessoas mais idosas, que como as que trabalham no setor de saúde pública, encontram-se em áreas de riscos maiores. Correta a estratégia, porém ela não permite que as demais pessoas continuem se comportando como a pandemia esteja por isto necessariamente controlada.
Pelo mundo inteiro já foram distribuídas mais de 260 milhões de doses de vacinas, mas ainda está longe de se alcançar o controle da pandemia. A Organização Mundial da Saúde (OMS) anuncia que levaremos ainda um ano para falar em fim da pandemia. Não há, portanto, previsão de que ela se acabe neste ano de 2021.
O que a OMS projeta é se chegar ao fim deste ano com um cenário de superação da fase mais aguda da doença. E isto requer que as medidas de controle sejam continuadas, tais como o distanciamento social, o uso de máscaras e álcool gel, o impedimento de aglomerações humanas, dentre outras.
O aumento do número de casos e de mortes está patente. Nos últimos 2 meses (janeiro e fevereiro), o número de contaminações em todo o mundo aumentou 7%, atingindo 2,6 milhões de pessoas. No Brasil, a elevação foi de 18% em apenas uma semana, com aumento de 11% em mortes.
Não se pode permitir relaxamento no comportamento da sociedade frente a pandemia, sob pena de se permitir a aceleração na propagação do vírus. As pessoas estão cansadas, o estresse toma conta das pessoas, os governos adotam ações para minimizar os impactos econômicos e sociais, mas ainda é melhor prevenir que remediar.
Mesmo com as vacinas, as pessoas devem permanecer adotando as medidas de segurança. 80% de todas as vacinas estão em apenas 10 países, informa a OMS. Portanto, a vacina não é a solução, mas é parte da solução. Daí, ser preciso que as pessoas continuem se cuidando, se comportando responsavelmente e os governos aplicando testes e acelerando a vacinação.
Desde o início da pandemia até a data de 8 de março já pereceram 2.593.230 pessoas em todo o mundo. No Brasil foram 265.500. Na Paraíba 4.679. (Estes dados são da OMS). No mundo até 7 de março já receberam todas as doses da vacina 66,70 milhões de pessoas, correspondente a 0,9% da população mundial. No Brasil, 2,69 milhões, que correspondem a 1,3% da população nacional. (Estes dados são da Our World Data).
O mundo não está no momento de permitir a suspensão das medidas de controle, quiçá seu afrouxamento. Este momento só poderá ocorrer quando os números estiverem efetivamente controlados. Temos, pois, de educar nossos semelhantes pela persuasão e até mesmo pela aplicação de multas, notadamente aos responsáveis por organizarem eventos que reúnem excessivo número de participantes.