A Mudança é Constante
Ainda menino, costumava nadar nas águas correntes do rio São Francisco. Quanto maior a correnteza, mais queria nadar contra as águas, como dizia Luiz Gonzaga, em sua música Riacho do Navio: "ah se eu fosse um peixe / ao contrário do rio / nadava contra as águas / e nesse desafio / saía lá do mar / pro riacho do navio" / Nessa metáfora do cantor, ele mostrava a necessidade de vencer obstáculos, o desafio a que todos nós precisamos enfrentar durante a vida. Mesmo ainda não conhecendo a teoria do filósofo Heráclito, "ninguém toma banho duas vezes no mesmo rio", sabia que no dia seguinte as águas já eram outras, em razão daquelas correntezas, diferente de uma lagoa, lago ou piscina. Sempre estive atento ao significado de "mudança", que também, como diz o mesmo filósofo, "é a única coisa que é constante em nossa vida". No dia a dia, pela constância de irmos ao espelho, nem percebemos a mudança de nossa imagem. Mas, se demorássemos algum tempo, seríamos surpreendidos com a diferença, assim como nas nossas fotos antigas.
Assim, partindo desse princípio, vemos que a mudança ocorre em todos os sentidos. Ficando apenas no campo da tecnologia, quanta mudança nos últimos tempos. Nossos filhos, nossos netos, nem concebem o que era viver "sem rádio e sem notícias das terras civilizadas", como também dizia Luiz Gonzaga, na mesma musica Riacho do Navio.
Hoje, na palma da mão, temos ali o "Mestre Google", uma gigantesca biblioteca ao nosso dispor. E haja mudança na tecnologia do celular, convidando-nos a trocá-los constantemente para acompanharmos a evolução dos tempos. Por isso, se não quisermos ser tachados de dinossauros, sejamos adeptos da mudança, mudança e mais mudança.