Gosto, desgosto
Quando criança, não podia olhar para o céu e ver nele um bando de urubus voando em círculos que, imediatamente, mesmo diante de seus movimentos incessantes, passava a contá-los e, depois, corria para fazer a associação com as seguintes palavras mágicas futuristas: gosto, desgosto, carta, convite e casamento. Lógico que, quando terminava em “desgosto”, este era total e verdadeiro!
Porém, ligeiramente, corria os olhos no infinito em busca de outras formações das aves, a fim de desfazer o mau agouro. Engraçado é que, ainda hoje, faço isso! Ação automática das reminiscências de infância, gravadas no inconsciente.
Hoje pela manhã, por exemplo, um bando deles se deslocava, rapidamente, no sentido contrário ao que eu andava. Fiquei tentando contá-los, sem grande êxito, até perdê-los de vista, já que algumas árvores e um prédio se entrepuseram entre nós e lá se foi, por água a baixo, a minha contagem. Por um momento me chateei.
Fiquei pensando, encabulada com minha criancice, em como certas coisas ficam marcadas eternamente em nossas mentes – essa é uma delas.
A infância, sem sombra de dúvida, é uma das principais fases da vida humana. Nela estrutura-se a base de valores que nos seguirão para o resto da vida. E essa fortificação emocional, advinda dos muitos aprendizados e autoconhecimento, nos projeta satisfatoriamente para as fases seguintes – lembrando que os sonhos são parte integrante dessa fase.
Bem, então, até certo ponto, justifica-se o meu devanear constante. Se sou a compilação do meu tempo vivido, com certeza, em algum nicho da minha alma, está arquivada a criança que, um dia, reinou soberana nas planícies do meu ser.
Mas não deixa de ser intrigante a forma como esse retorno às lembranças acontece... Sendo essa, uma ordem universal, ou seja, algo que acontece com todos nós, é interessante vasculhar, para saber como se dá esse processo automático de resgate. Serão mágicos os caminhos que nos levam de volta à nossa infância ou para qualquer tempo já vivido ou a se viver?
O que sei é que as engrenagens da vida ainda são uma incógnita não apenas para mim, mas para o mundo. Ainda bem que somos dotados de inteligência, e que dentre os objetivos a cumprir neste plano, Deus nos deu a sabedoria para buscar respostas sobre as muitas dúvidas que nos cercam. Assim, mesmo que tais respostas não representem a verdade primeira, temporariamente acalmam os nossos ânimos.
Como resultado dessas experiências aprendemos a buscar na memória, forjando, em um passeio interno, lembranças de tempos vividos.
A partir do controle dos cinco sentidos – audição, paladar, tato, olfato e visão -, sabemos que é possível praticar exercícios de relaxamento e meditação, passíveis de nos levar aos recônditos da própria alma. Fica, dessa forma, mais fácil acessar os arquivos da nossa mente.
E se podemos acessar o passado, por meio das lembranças; com a meditação, somos capazes de idealizar o futuro – com base nas experiências aprendidas.
Num dia desses, qualquer que seja, experimente também. Passear, vez por outra, nos domínios da mente nos faz bem.
Aliás, já o fazemos sem mesmo que nos apercebamos disso.
Somos capazes de associar ou linkar emoções e pensamentos a tudo quanto exista ao nosso redor – através de palavras, pessoas, aromas, sabores, sons, tatos; enfim, para tudo, pois existem associações que se interligam com nossa mente. Daí os resgates automáticos da mente. Isso é muito intrigante.
Enquanto isso, entre os gostos e desgostos, estou sempre em busca do lado bom da vida.
Quando criança, não podia olhar para o céu e ver nele um bando de urubus voando em círculos que, imediatamente, mesmo diante de seus movimentos incessantes, passava a contá-los e, depois, corria para fazer a associação com as seguintes palavras mágicas futuristas: gosto, desgosto, carta, convite e casamento. Lógico que, quando terminava em “desgosto”, este era total e verdadeiro!
Porém, ligeiramente, corria os olhos no infinito em busca de outras formações das aves, a fim de desfazer o mau agouro. Engraçado é que, ainda hoje, faço isso! Ação automática das reminiscências de infância, gravadas no inconsciente.
Hoje pela manhã, por exemplo, um bando deles se deslocava, rapidamente, no sentido contrário ao que eu andava. Fiquei tentando contá-los, sem grande êxito, até perdê-los de vista, já que algumas árvores e um prédio se entrepuseram entre nós e lá se foi, por água a baixo, a minha contagem. Por um momento me chateei.
Fiquei pensando, encabulada com minha criancice, em como certas coisas ficam marcadas eternamente em nossas mentes – essa é uma delas.
A infância, sem sombra de dúvida, é uma das principais fases da vida humana. Nela estrutura-se a base de valores que nos seguirão para o resto da vida. E essa fortificação emocional, advinda dos muitos aprendizados e autoconhecimento, nos projeta satisfatoriamente para as fases seguintes – lembrando que os sonhos são parte integrante dessa fase.
Bem, então, até certo ponto, justifica-se o meu devanear constante. Se sou a compilação do meu tempo vivido, com certeza, em algum nicho da minha alma, está arquivada a criança que, um dia, reinou soberana nas planícies do meu ser.
Mas não deixa de ser intrigante a forma como esse retorno às lembranças acontece... Sendo essa, uma ordem universal, ou seja, algo que acontece com todos nós, é interessante vasculhar, para saber como se dá esse processo automático de resgate. Serão mágicos os caminhos que nos levam de volta à nossa infância ou para qualquer tempo já vivido ou a se viver?
O que sei é que as engrenagens da vida ainda são uma incógnita não apenas para mim, mas para o mundo. Ainda bem que somos dotados de inteligência, e que dentre os objetivos a cumprir neste plano, Deus nos deu a sabedoria para buscar respostas sobre as muitas dúvidas que nos cercam. Assim, mesmo que tais respostas não representem a verdade primeira, temporariamente acalmam os nossos ânimos.
Como resultado dessas experiências aprendemos a buscar na memória, forjando, em um passeio interno, lembranças de tempos vividos.
A partir do controle dos cinco sentidos – audição, paladar, tato, olfato e visão -, sabemos que é possível praticar exercícios de relaxamento e meditação, passíveis de nos levar aos recônditos da própria alma. Fica, dessa forma, mais fácil acessar os arquivos da nossa mente.
E se podemos acessar o passado, por meio das lembranças; com a meditação, somos capazes de idealizar o futuro – com base nas experiências aprendidas.
Num dia desses, qualquer que seja, experimente também. Passear, vez por outra, nos domínios da mente nos faz bem.
Aliás, já o fazemos sem mesmo que nos apercebamos disso.
Somos capazes de associar ou linkar emoções e pensamentos a tudo quanto exista ao nosso redor – através de palavras, pessoas, aromas, sabores, sons, tatos; enfim, para tudo, pois existem associações que se interligam com nossa mente. Daí os resgates automáticos da mente. Isso é muito intrigante.
Enquanto isso, entre os gostos e desgostos, estou sempre em busca do lado bom da vida.