AstraZeneca, meu amor

Dia 04 de março de 2021, minha namorada recebeu a primeira dose da vacina AstraZeneca contra COVID19. Ela é cuidadora, aliás, a melhor cuidadora do mundo que alguém poderia ter, cuida da mãezinha dela de 92 anos – a completar em maio de 2021 – com um cuidado, um carinho tão lindo, que todo velhinho deveria ter. E por isso recebeu sua abençoada dose de vacina que Deus disponibilizou para protegê-la; ninguém merece mais.

Bom, todos nós merecemos alguns mais outros menos, mas há aí os entraves loucos, de um bando de loucos, que todos sabemos.

No nosso caso familiar, fiquei extremamente feliz nesse dia, sem dúvida um dos dias mais felizes de minha vida. Ela protegida é mais garantia que vai estar por aqui por muito mais tempo pra cuidar de nossa prole e só isso interessa, eles, nossos filhos, precisam demais dela; eu sou meio supérfluo e isso não é menosprezo, análise autodepreciativa, é real. Creio que fiz minha parte, mas o grosso da minha utilidade já passou. Hoje é só, e claro que isso não é pouco, amor!

No passado, tive com outra pessoa, duas lindas garotas e, contrariando as leis da natureza, por motivos que não interessam mais, ficaram comigo e eu as criei com todo amor e carinho que me foi possível, lógico que com o auxílio absolutamente indispensável de minha família. Éramos felizes, eu e minhas duas garotinhas; nunca mais me passou pela cabeça ter outro – outros – filho até conhecer minha eterna namorada, há 32 anos (1989).

Deste encontro, tivemos 03 filhos absolutamente queridos e nova vida se fez.

Uma Vida linda e repleta de amor e ternura.

Agora, diante dessa calamidade que assola o país, quando estamos todos tão apreensivos, quando alentos são tão poucos e notícias trágicas se avolumam, vem essa dose de vacina tão aguardada nos trazer nova esperança; reacender sonhos. Muito bom isso, assim.