Neste primeiro texto, pretendo contar para vocês, sobre as origens da Literatura de Cordel. E, para começar bem, vamos ler algumas estrofes dos Cordéis do maior precursor dessa rica Literatura:
Minha alma triste suspira
em deslumbrante desejo,
ausente da minha terra,
há tempos que não a vejo.
são suspiros arrancados
do peito de um sertanejo.
Por que existem uns felizes
E outros que sofrem tanto?
Nascemos do mesmo jeito,
Moramos no mesmo canto.
Quem foi temperar o choro
E acabou salgando o pranto?
Leandro Gomes de Barros
Gostaram? Leandro Gomes de Barros é o pai do Cordel. Depois eu vou criar um texto sobre esse poeta brasileiro . Ele pesquisou e se dedicou a organizar escritos sobre a Literatura de Cordel.
Vocês já tiveram a oportunidade, na época de Infante, de apreciarem nas feiras livres e de artesanatos, os violeiros cantadores, trovadores e repentistas, fazendo cantorias? E poetas declamando e vendendo uns pequenos livros coloridos? Tomara que sim, pois esse é um momento ímpar e tão marcante, que ficou gravado em minha memória. Foi assim que eu tive os primeiros contatos com o mundo da Trova, do Repente e do Cordel! Lembro-me que ficava parada, maravilhada ao presenciar aquelas apresentações. Nesses momentos, também, eu "aporrinhava" o meu pai, para que ele comprasse os livrinhos coloridos que estavam afixados com pregadores, em cordões esticados e amarrados onde desse para amarrar as suas extremidades. É daí que vem a origem do nome Cordel: livretos pendurados em cordões (barbantes). Quanto a esses artistas talentosos que eu os assistia no Mercado Central de Aracaju, eles são os sucessores dos poetas que, desde a Idade Média, criavam poemas (de improviso) e os transmitiam de forma oral e cantada. Essas são as origens do Cordel.
Tenho certeza que vocês estão me perguntando qual a diferença entre o Poeta Trovador, Poeta Repentista e poeta Cordelista. Então, vou explicar:
- Poeta Trovador: aquele que cria um tipo de poema chamado ¨Trova¨.
- Poeta Repentista: aquele que cria o poema de forma improvisada ( de repente) e o transmite de forma oral. Então, por ser um texto feito de improviso, não acontece a transcrição do poema, para a forma escrita.
- Poeta Cordelista: este, cria o texto e o transcreve para o papel.
(É bom frisar que, todos os três criam o texto, obedecendo as regras e características criadas e estabelecidas pelos precursores de cada um tipo de poema. Pois é! Eis aí, o que os torna diferentes!)
Perceberam que o Cordel não é o nome de uma novela ou nem mesmo, o nome de uma pessoa? (Hem, Sr. Pedro Amaro do Nascimento e Izabel Nascimento?).
Garanto a vocês que o poema escrito em forma de Cordel é tão belo e tão bem estruturado como o é, o Soneto que amamos tanto, também! Vou provar que isso é verdade! Para tanto, no próximo texto, explicarei para vocês sobre as regras e características da Literatura de Cordel. Até lá!
Minha alma triste suspira
em deslumbrante desejo,
ausente da minha terra,
há tempos que não a vejo.
são suspiros arrancados
do peito de um sertanejo.
Por que existem uns felizes
E outros que sofrem tanto?
Nascemos do mesmo jeito,
Moramos no mesmo canto.
Quem foi temperar o choro
E acabou salgando o pranto?
Leandro Gomes de Barros
Gostaram? Leandro Gomes de Barros é o pai do Cordel. Depois eu vou criar um texto sobre esse poeta brasileiro . Ele pesquisou e se dedicou a organizar escritos sobre a Literatura de Cordel.
Vocês já tiveram a oportunidade, na época de Infante, de apreciarem nas feiras livres e de artesanatos, os violeiros cantadores, trovadores e repentistas, fazendo cantorias? E poetas declamando e vendendo uns pequenos livros coloridos? Tomara que sim, pois esse é um momento ímpar e tão marcante, que ficou gravado em minha memória. Foi assim que eu tive os primeiros contatos com o mundo da Trova, do Repente e do Cordel! Lembro-me que ficava parada, maravilhada ao presenciar aquelas apresentações. Nesses momentos, também, eu "aporrinhava" o meu pai, para que ele comprasse os livrinhos coloridos que estavam afixados com pregadores, em cordões esticados e amarrados onde desse para amarrar as suas extremidades. É daí que vem a origem do nome Cordel: livretos pendurados em cordões (barbantes). Quanto a esses artistas talentosos que eu os assistia no Mercado Central de Aracaju, eles são os sucessores dos poetas que, desde a Idade Média, criavam poemas (de improviso) e os transmitiam de forma oral e cantada. Essas são as origens do Cordel.
Tenho certeza que vocês estão me perguntando qual a diferença entre o Poeta Trovador, Poeta Repentista e poeta Cordelista. Então, vou explicar:
- Poeta Trovador: aquele que cria um tipo de poema chamado ¨Trova¨.
- Poeta Repentista: aquele que cria o poema de forma improvisada ( de repente) e o transmite de forma oral. Então, por ser um texto feito de improviso, não acontece a transcrição do poema, para a forma escrita.
- Poeta Cordelista: este, cria o texto e o transcreve para o papel.
(É bom frisar que, todos os três criam o texto, obedecendo as regras e características criadas e estabelecidas pelos precursores de cada um tipo de poema. Pois é! Eis aí, o que os torna diferentes!)
Perceberam que o Cordel não é o nome de uma novela ou nem mesmo, o nome de uma pessoa? (Hem, Sr. Pedro Amaro do Nascimento e Izabel Nascimento?).
Garanto a vocês que o poema escrito em forma de Cordel é tão belo e tão bem estruturado como o é, o Soneto que amamos tanto, também! Vou provar que isso é verdade! Para tanto, no próximo texto, explicarei para vocês sobre as regras e características da Literatura de Cordel. Até lá!