AO DARTAGNAN. ESCREVER, AMPUTAR O ESTILO.
Dartagnan, imagina se Dante Alighieri, responsável pela língua oficial italiana, A DANTESCA, florentina, adotada após a unificação política da Itália, antes fragmentada, que falava vários dialetos como ainda hoje, principalmente no sul da BOTA, ponta da Itália, de onde vieram meus avós, escrevesse o segundo maior monumento da literatura universal depois da Bíblia, A DIVINA COMÉDIA, e assim se conduzisse quando trouxe ao mundo a obra INIGUALÁVEL?
Teríamos uma obra máxima ou um arremedo de impulsos criativos ornados em preciosidades históricas?
Imagina se Marcel Proust em seu “Em Busca do Tempo Perdido” , vasta obra, nos sonegasse sua atilada observação sobre hábitos e costumes da época. Teríamos caricatura e não densidade em sua augusta e festejada criação fluente no seu traçado intelectual.
E quantos, e tantos que seria exausto listar, nos serviriam com “nada a serviço de coisa nenhuma”, se abortassem talento e dom concedidos para retratar e lançar ao futuro suas medições das caminhadas humanas. Não teriam esse direito; definitivamente não.
Evidentemente tudo em grau menor que o mágico florentino Dante Alighieri.
O que Deus enraizou, e concedeu para dar frutos e mostrar sua criação como acertada e jubilosa, pela escolha destinada aos de CONSCIÊNCIA CRÍSTICA, devem ter externados os dons no seio da naturalidade, não deve ser maquiado, nem rebuscado ainda que possa ser, e é desejável que seja, sendo natural, como na arquitetura, em cornijas, fustes e frisos de suas edificações literárias.
João Ribeiro, clássico linguista, ensina que o estilo está na força, e a força rompe barreiras, não se aprisiona em cortes frágeis que retiram a intensidade e em consequência a essência. Não se mutila a missão e o dom. As concessões da Primeira Força não foram dadas em vão, devem ser lineares com a conformidade concedida, sem freios na ausência inexplicável e sem fundamento. Como você assim entendo meu amigo.