DIA 3 DE 30 - TEMPO, AMIGO OU INIMIGO?

Escreva sobre o tempo que pretende dispor para escrever, qual período do dia se encaixaria melhor em sua rotina? Alguma bebida especial para acompanhar?

Uma música? Qual o ambiente ideal?

Em várias situações na minha vida observei que o tempo tem sido um fator às vezes relevante, às vezes insignificante, mas sempre um ponto a refletir. Dependendo do momento, da situação ele pode ser um diferencial. Algumas vezes passando rápido demais, outras vezes lento ao extremo, mas sempre um fator a considerar.

Por exemplo, quando observo os urubus, a sensação é tão gostosa, relaxante, revigorante, que o tempo não faz diferença. Mas quando estamos ao lado da pessoa amada, o tempo passa rápido demais. Nesse momento, ele se torna relevante, memorável.

Quando estamos com fome, e a comida não está pronta, o tempo de preparo da comida parece interminável e torturante. A ansiedade em querer logo que apronte a comida, querer que o fogo se torne mais abrasador, sentir o cheiro invadindo as entranhas, é terrível.

Já quando estou inspirada, com as ideias fervilhando em meus pensamentos, começo a escrever e a escrita flui, nesse momento não vejo o tempo passar. Isso acontece porque tenho memória visual. As imagens danças em minha mente enquanto manifesto meu pensamento em concretas palavras escritas. As vezes a inspiração vem logo cedo, quando acordo com as ideias a mil. Anoto as ideias e começo a produzir. Geralmente nesses momentos produzo textos incríveis, que fico me perguntando se quem escreveu foi eu mesma. Pode acontecer de surgir ideias depois do almoço, na hora do descanso, na hora de curtir o ócio. Mas também, acontece de à noite enquanto assisto algum drama coreano, surgir algumas ideias. (Dramas coreanos são os meus preferidos. Sou capaz de maratonar uma série inteira em um tapa só). (risos).

Acredito que não haja um período específico para que eu produza textos criativos. Confesso que é por temporada. Tem temporada que eu consigo produzir bastante, mas tem tempo que dá uma ressaca literária filha duma mãe, daquelas que dá sofrência. De doer.

Para aquecer o paladar nos momentos de produção intenso, eu dou preferência ao chá, todos os tipos. Gosto de todos, inclusive de boldo. Gosto muito de chá de maçã, de gengibre com limão, chá de açafrão, chá de erva doce, chá verde com hortelã, chá de cidreira, chá de camomila, entre outros. Mas também aprecio um bom vinho, aguça as memórias mais românticas.

Em relação à música para ouvir nos momentos de produção, prefiro músicas clássicas, jazz, hip hop, reggae, baladas românticas anos 70, 80 e 90. Essas são as minhas preferidas. Esses estilos musicais me ajudam a relembrar diferentes momentos da minha vida e me inspiram escrever sobre isso. Me transportam para diferentes lugares e épocas, percorrendo os caminhos infindáveis da vastidão de arquivos armazenados na minha linda massa cefálica, nas regiões mais seguras e engavetadas possíveis da minha mente. Essa sou eu!! (risos). Agora imaginem os níveis de incompreensão direcionadas a mim, por parte dos meus familiares, ex-maridos, ex-namorados, amigos etc. (risos). Seria cômico se não fosse trágico (parafraseando alguém que não me lembro agora quem é!). eita!! (risos).

Em relação ao ambiente ideal, prefiro escrever em casa, sentada confortavelmente na minha cadeira giratória vermelha, linda, usando a minha escrivaninha branca (um contraste perfeito com a cadeira vermelha). Esta localizada próxima de uma janela de um metro e meio quadrado, com vidraça, que me possibilita uma vista perfeita do céu, das nuvens, dos urubus, do rio, das matas a quilômetros de distância. Esse é o meu ambiente perfeito para escrever.

562 palavras

Ioleth Araújo

05/02/2021

#modeon

#modebrasil

Ioleth Araújo
Enviado por Ioleth Araújo em 28/02/2021
Código do texto: T7195248
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