A mão de Deus em tempos de pandemia
Estou tentando fazer a minha parte nestes tempos de pandemia. Não tenho problemas com confinamentos. A gente se entende muito bem. Saio às ruas somente para resolver o estritamente necessário, até mesmo por eu estar me aproximando da fronteira da área de risco. Neste caso, todo cuidado ainda é muito pouco. Mas, vamos lá!
Nessas saídas, justamente para resolver o estritamente necessário, é que costumo encontrar alguns amigos e desconhecidos assustados e se expressando em relação a estes tempos pandêmicos: “É a mão de Deus pesando sobre a humanidade”.
Outro dia, um amigo de outrora, que há muitas décadas não o via, veio-me, alegremente, em cordiais cumprimentos, porém à distância, conforme recomendação dos profissionais da saúde. Em seguida, já na acomodação do diálogo, ele me perguntou se era a mão de Deus que estava pesando sobre a humanidade.
Diante disso, passemos para a seguinte reflexão!
Será realmente a mão de Deus pesando sobre a humanidade? Ou será mais uma das oportunidades de aprendizado, para todos nós, neste educandário Terra, visando ao nosso crescimento e aperfeiçoamento moral e espiritual?
Sendo Deus, Pai de eterna misericórdia, que reconhece as nossas fraquezas, e sabendo que somos seres espirituais perfectíveis, será que Ele pesaria mesmo a sua mão contra a humanidade, sem que ela tivesse nova oportunidade de acerto, de melhora e de aperfeiçoamento?
Na verdade, o que percebo, na minha humilde visão em assuntos espirituais, é que a mão de Deus não é aquela que apenas balança o berço; mas, acima de tudo, a que nos aponta caminhos de aprendizagem moral e espiritual – o da liberdade responsável – , que se podem manifestar de várias formas, sendo uma delas, como exemplo, a que estamos passando, que são estes tempos de pandemia, ensejo para aprendermos o autoamor e o amor ao próximo, através dos cuidados com a higienização e com o distanciamento, que todos já sabemos de cor; e a reverenciarmos e a respeitarmos uns aos outros.
Eh! Vamos caminhando pelas estradas da evolução, cada qual com o seu entendimento, de acordo com o seu grau de compreensão da realidade da vida; dando, cada qual, o melhor de si para o bem da humanidade.