AS COMUNIDADES CARENTES
AS COMUNIDADES CARENTES
“Atendamos às exigências da jornada evolutiva, recebendo a dor por nossa instrução divina. Não apagues o sorriso de entendimento nos lábios e conserva sempre acesa, a chama da esperança no coração. ( Carlos Augusto).
Onde estiveres, agradece ao Senhor o instrumento da purificação. Ninguém vive sem ele. É verdade que para sermos felizes precisamos alçar Deus em nossos corações. É bom lembrar que as políticas sociais propostas pelo governo, em grande maioria, não são executadas de forma eficaz e eficiente, visto que inexiste um planejamento estratégico, para minorar o sofrimento dessa gente. De promessas estamos cheios e o poder de barganha não existe mais. O massacre é total e cruel. A ciência sempre avançou e a fé se manteve, mas a política e os bons propósitos deixaram de existir, por enquanto. As comunidades carentes são carentes em tudo. É uma vergonha o descaso e o descompromisso a que governantes submetem a saúde pública, a educação e segurança pública. O SUS ( Sistema Único de Saúde) tão importante e essencial para os estropiados é uma verdadeira amnésia na cabeça dos deputados que recebem estonteantes subsídios, pagos com o suado dinheiro do contribuinte. São verdadeiramente culpados ou cúmplices do grande “caos” que assolou a saúde pública, visto que não fiscalizam com mais rigor os desvios de recursos por parte da União e estados. É uma vergonha! As comunidades carecem de tudo: moradia, saneamento básico, escolas, postos de saúde, policiamento ostensivo e o crescimento vertiginoso, e o verdadeiro escaninho é o da prostituição infantil. É triste, doloroso, mas é real.
A nossa apatia, a nossa indiferença e frieza, diante dessas comunidades carentes, surgem no rol de meninos abandonados que displicentemente rotulamos de “trombadinhas”, ou “meninos de rua”. Meninos talvez sem alma, sem anseios e sonhos mortos que lhe jazem sob a sujeira corporal e a roupa maltrapilha. Os Direitos Humanos calam nessa hora. A nossa simpatia, a nossa caridade, o bom trato para com esses pequerruchos seres deve ser intensiva, leal, não dispensando jamais o idoso que em certa idade volta ser criança novamente. “Ninguém ouviu um soluçar de dor no canto do Brasil, um lamento triste sempre ecoou desde que o índio guerreiro foi pro cativeiro e dela voltou. Negro entoou um canto de revolta pelos ares no Quilombo dos Palmares, onde se refugiou fora a luta dos inconfidentes, pelas quebras das correntes, nada adiantou. E de guerra em paz, de paz em guerra, todo povo desta terra quando pode cantar, canta de dor: Ô, Ô, Ô, Ô”. ( Paulo César Pinheiro e Mauro Duarte, canto das três raças). Serão as comunidades carentes iguais aos velhos quilombos? Fica essa indagação no ar! Com isso e, além disso, queremos uma ação solidária voltada para as comunidades carentes, pois lá mora gente e merecem todo nosso apoio e carinho, além do que já foi citado nas entrelinhas. Aprendamos, pois, a entesourar os dons da vida, respeitando os ensinamentos que o orbe nos impõe, na certeza de que, entre a humildade e o trabalho, alcançaremos um dia, os cismos da glória e da felicidade eterna.
Começando no dizimar da corrupção, da falta de respeito para com o próximo, emoldurando em nossos corações e em nossa mente anseios de amor, paz, fraternidade, liberdade e segurança. Olhem com bons olhos para os necessitados e carentes, pois o vil metal em grande quantidade só os levará ao caminho do orgulho, da inveja e do egoísmo.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI E DA ALOMERCE