NÃO PERMITA QUE AS LUTAS DIÁRIAS ROUBEM A LEVEZA DA SUA ALMA

Em minha pequena cidade, Centro Sul do Paraná, a mil metros de altitude, pertinho do céu, uma tardezinha de céu anil. Os pássaros fazem suas últimas cantorias antes do anoitecer. Eu viro passarinheiro tentando identificar as espécies pelos cantos, uns reconheço outros não.

Não demora e a noite chega risonha, tem uma majestosa lua cheia, as estrelas bordam o céu. Hoje até parece que a noite está em disputa com o dia para mostrar que é mais bonita.

É sexta-feira, a semana vai se encerrando, algumas coisas deram certo, outras não. Na outra semana buscamos acertar, se não for possível, nada de mais, a vida é assim mesmo. Independentemente de qualquer coisa, sou grato por tudo, por tudo que tenho, o que não tenho não me interessa. Não preciso pedir nada, nem reclamar de nada. Apenas agradecer. Não permito que as lutas diárias roubem a leveza da alma.

Voltando a falar da noite, como disse está muito bonita, bem estrelada, não tem com evitar, lembrei das serestas de outrora. Lembrei da música “Chão de Estrelas”, para relaxar, deixar a vida amena, pego o meu violão e...: {Noite alta, céu risonho} {A quietude é quase um sonho} {O luar cai sobre a mata} {Qual uma chuva de prata} {De raríssimo esplendor} {Só tu dormes não escutas} {O teu cantor} {Revelando à lua airosa} {A história dolorosa desse amor} {Lua, manda tua luz prateada} {Despertar a minha amada} [Quero matar meus desejos] [Sufocá-la com meus beijos} {Canto...} {E a mulher que eu amo tanto] {Não me escuta está dormindo} {Canto e por fim} {Nem a Lua tem pena de mim} {Pois ao ver que quem te chama sou eu} {Entre a neblina se escondeu}{Lá no alto a Lua esquiva {Está no céu tão pensativa} { As estrelas tão serenas} {Qual dilúvio de falenas} {Andam tontas ao luar} {Todo o astral ficou silente} {Para escutar} {O teu nome entre as endeixas] {A dolorosas queixas ao Luar}.

Confesso! Fiquei entusiasmado, desta feita continuo a seresta familiar, caseira, tão somente para uma pessoa especial. Para soltar a voz é só molhar a cantoria de forma comedida com um licor de butiá que aprendi fazer com meu avô materno. Rsrsrs... [Meu coração, não sei porque} {Bate feliz quando te vê} {E os meus olhos ficam sorrindo} {E pelas ruas vão te seguindo} {Mas mesmo assim foges de mim}.

“Vivamos a vida com Gratidão e leveza na alma”.