NOVOS TEMPOS (modernizemo-nos)

Nenhum, animal consegue ser mais controverso do que o ser humano. Nascido para viver em manadas tem muita dificuldade para se acostumar a isso. Qualquer grupamento humano a princípio deixa transparecer que vai dar certo. Que todos viverão em função de todos, obedecendo-se as normais vigentes para o bem estar do grupo. No entanto em pouquíssimo tempo, ele próprio se cansa e se entedia com situação estabelecida. E, quase sem perceber, começa a roer as amarras que mantém unida aquela comunidade. O homem tem uma necessidade inerente à própria raça, de ser reconhecido, valorizado, as vezes até bajulado. Todas as atitudes que não vão nesta direção, são interpretadas como indiferença, menosprezo, pouco caso. Sua tranquilidade vai saindo pelo vão dos dedos, e ele se deixa levar por sentimentos pequenos, como a inveja, vaidade e o egoísmo. Para uma convivência harmônica em qualquer grupo é fundamental que as diferenças sejam respeitadas e aceitas. Caso contrário, as animosidades, os embates, a deselegância, o divisionismo vai tomando conta até causar danos sérios e até irreparáveis na convivência do grupo. Alguns debates e agendas são são mais propensos a provocar discórdias, como esportes, religião, política, ética e outros. A maioria das discussões que envolvem esses temas, quase sempre leva a uma situação beligerante, com rompimento de amizades, discussões em nível desaconselhável e até brigas francas. É necessário que tais situações sejam compreendidas e administradas de parte a parte, como trocas de idéias, opiniões, com o intuito de enriquecer o debate para o crescimento de todos, e nunca como fatores de disputa de egos e vaidades. É natural que ocorra vez por outra algum descontentamento, alguém saia distribuindo muxoxos, ameaçando rompimento. Mas deve durar apenas o tempo necessário para que o bom senso se restabeleça, e os irmãos em contenda voltem a se entender. Agora, analisando o lado positivo dos fatos. Mesmo com alguns percalços, a atual situação ainda é muitas vezes melhor do que a tínhamos até uns cinco ou dez anos atrás. Quem éramos nós? (da minha faixa etária), um grupo de amigos que raramente se viam ou se falavam. Nada mais do que um amontoado de mau humor solidão e rabugice, essa é que é a verdade nua e crua. Com o aparecimento das redes sociais e especificamente de aplicativos como WhatsApp, Instagram, chamadas de vídeo e outros, nos reconectamos com o mundo e sentimos re-oxigenar nossas relações de amizade. Não custa nada fazermos um esforço para que esse convívio se dê de forma civilizada e aceitável, caso contrário poderemos voltar ao estado de solidão com tendencias depressivas que experimentávamos até bem pouco tempo. Eu, particularmente não quero isso. Valorizemos o lado positivo dos novos tempos e sejamos mais felizes com os amigos ao alcance de um “click’. Precisamos entender a diferença entre “ser feliz” e “estar certo”, a primeira escolha é sempre melhor, acreditem.

AVP-24/02/2021
Al Primo
Enviado por Al Primo em 25/02/2021
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