Soberania Insubmissa
Parece uma redundância mas é intencional. A soberania de um país é confirmada em atitudes que demonstram apreço pelo bem público e às gerações que nos antecederam e conquistaram com lutas ou em consenso.
O ano de 2020 foi marcado pela pandemia do Covid-19. Um vírus que tem sua disseminação muito agressiva e de alta letalidade. Nenhum país estava preparado para esse desafio, apenas os que investiam em pesquisa, o que seria o caso do Brasil.
Todos foram atingidos fortemente, porém países que têm sua soberania bem apoiada em pilares que não deixam brechas para a manipulação por interesses externos, reagiram ao desafio seguindo as orientações da OMS (Organização Mundial da Saúde), buscaram estratégias de enfrentamento, tanto governamental como informaram a população sobre a pandemia e sobre a melhor forma de enfrentamento.
A Nova Zelândia se destacou tendo um reduzido número de casos. Na França , depois de alguma resistência da população, conseguiram fazer o lockdown. Outros demoraram compreender a gravidade do problema e, mesmo tendo modificado o seu comportamento, enfrentaram repiques da doença, com o agravamento dos casos. Com esse reconhecimento conseguiram estabilizar o número de óbitos.
Infelizmente não é o caso do Brasil, que desde o início adotou uma postura negacionista e anti ciência, postura também adotada no início da pandemia por Trump, presidente norte americano. Pressionado pelo elevado número de óbitos nos EUA, mudou sua postura mas não adiantou. Trump perdeu a eleição para Joe Biden que teve posições mais responsáveis diante do problema sanitário.
Na América latina, os hermanos têm enfrentado a pandemia com poucos recursos, porém tomando atitudes firmes para enfrentar e proteger sua população. Compraram vacinas e alguns já vacinaram e outros já fazem campanha de vacinação. Pois já compraram as doses necessárias.
Já o Brasil, amarga mais de 200 mil mortes que poderiam ter sido evitadas. Nesse contexto reflito sobre Soberania Insubmissa - o Brasil é um país de terceiro mundo, e como tal se sua soberania fosse exercida, teria postura mais comprometida e nacionalista perante o mundo na busca do desenvolvimento de sua própria vacina, pois temos pesquisadores e laboratórios de ponta e não estaria lavando as mãos diante de tantas mortes. Também a omissão diante da situação da volta da fome como mais um agravante das desigualdades sociais, condenando mais uma geração à educação sem qualidade por que muitas crianças não têm acesso à Internet, outras que só se alimentam na escola. Os pais desempregados, e o governo federal cruza os braços adiante da calamidade social em curso pela falta do Auxílio Emergencial. A vacina não tem sido provida com a devida seriedade. E esse governo genocida combina omissão, desumanidade, falta de empatia, irresponsabilidade e incompetência para transformar em inferno a existência da população pobre! Se esse é o messias, não queremos conhecer o anjo caído. Seremos ateus.