A estória da história
Quando adolescente corria sempre para a banca de revista, toda segunda feira de cada mês, para comprar a "National Geographic Brasil". Minha revista mensal preferida. A paixão por Histórias das Civilizações se deram pelas leituras desta revista. Eu tinha uma grande coleção. Organizada metodicamente pelo número, mês e ano da publicação desta revista. Não era única coleções de revistas que eu tinha, mas a "National Geographic Brasil" era a minha preferida. A leitura me levava para tantos lugares e realidades diferente da minha. As histórias me levavam para tempos tão distantes daquele meu tempo presente. Era uma verdadeira viagem no tempo. Minha mãe dizia: "esse menino só vive com a cabeça nas nuvens". Era quase isso. Na verdade, eu vivia com a cabeça no tempo. As histórias das civilizações me transportavam para diversos tempos. Eu era realmente um adolescente que viajava no tempo. O meu quarto era o túnel do tempo que as leituras solitárias me transportavam. Não me sentia sozinho. Os textos, as narrativas, me faziam companhia e me proporcionavam aventuras imaginárias, bem como acalmava os hormônios daquele corpo adolescente. Depois vieram os livros, o curso de história e a profissão de professor desta ciência. Lendo assim, de forma linear no tempo, parece fazer sentido aonde cheguei. Mas houveram desvios, saídas dos trilhos e dificuldades no percurso e retorno ao propósito que a minha vida se tornou. Sendo fiel leitor de histórias que conta estórias.