Meu último desabafo!
Meu último desabafo!
Senhoras e senhores apresentou-lhe meu ser, este que está despedaçado e cheio de cicatrizes, que fede a tristeza e solidão, este ser que não é compreendido em muitas vezes pela precipitação do julgamento alheio, que busca somente a paz, mas que tem que enfrenta seus demónios interiores todos os dias, ninguém sabe o preço que pago para colocar um sorriso na face e sair na rua, como é duro para mim estabelecer uma conversa que na maioria de sua vez, estou mais longe do que perto, como é difícil cumprimentar alguém com um abraço forte e apertado, é mesmo eu não faço mais isso, não me permito depois de tudo que tive que enfrentar.
Eu amei demais as pessoas com tamanha intensidade que criei e entrei em vários conflitos, para os defender e proteger, eu não voltaria em atrás de nada que fiz, mas confesso minha decepção em não ver nenhum agradecimento, fecharam a porta na minha face e deixaram apenas a saudade de tudo que vivemos, sentir-se um lixo humano, como se fosse uma carroça de burro que não tem mais serventia, hoje me julgam por tudo que pensa que sabe e nunca o que eu mostrei, abrir meu ser para eles e nunca foram capazes de interpretar o que estava a sua frente, viram o que os olhos queriam e nunca o que o coração queria conhecer.
Alguns dizem que sou um mistério enigmático, que sou fechando, a verdade que não sou assim, pelo contrário de que todos falam quem conseguiu me conhecer antes de ser assim, meu nome foi intensidade e amor durante muito tempo, tinha um espírito aventureiro que embarcava em muitas emoções, seguia o coração sem temor e medo de se quebrar, era um sorriso em todos as oportunidade que a vida me dava, tinha uma relação de amor em tudo a minha volta, brincava o tempo todo e conseguia arrancar felicidade ao qualquer instante, tinha uma doçura que fascinava os amigos e familiares.
Hoje eu não sinto tristeza, é simplesmente um vazio que me toma e faz-se ver refém, e vem com um aperto dolorido, uma angustia que apavora, me tornando frio, como se estivesse me robotizando de pouco em pouco, não tenho medo da morte, e sim de viver a crueldade imposta pela sociedade que tenho que encarar, o sentindo de existir deveria estar em está vivo, e quando você sente morto estando vivo, não abraço muito menos beijo a face dos outros, todos que entram saem sem se despedir de minha vida, e é por isso que não me permito deixar que entre apenas para bagunçar o espesso que consegui arrumar depois de tanto tempo.
Sendo sincero cada cicatriz que carrego mesmo que saradas, quem toca-las abrirá estão localizadas na alma, a do corpo são fáceis de curar, para quem sofre do mal da solidão é complicado expor a fraqueza, com tantas pessoas envolta consegue sentir-se sozinho, ninguém pode colocar-se no meu lugar e julgar, que passa tudo calado no silencio é apenas eu e meu ser, são horas continuas mergulhado no pensamento, de conversas sem fim, tantas perguntas e no fim nenhuma resposta, confusão que transformasse em caos, a mente barulhenta que não deixa eu dormi.
Minha mente é uma prisão sem grades, sem chaves no ferrolho e com um carcereiro cruel, que castiga e atormenta, que assola todos os pecados, que lembra que o quanto suas torturas doem na alma e queima no peito, eu faz o chicote seu aliado, trazendo o vermelho encanado sangue em forma de lágrimas transparentes, criando suas alucinações, mostrando visões de um futuro que nunca será teu, que marca com ferro quente a pele, e faz de ti peregrino no corredores de teu cárcere mostrando o caminho final de tua morte, na sala principal do terror do último suspiro chamado dor.
Thiago Sotthero