UMA NOITE DE REI!!! (UMA ODISSÉIA ROCK N ROLL)...
" Essa crônica foi publicada no jornal alternativo SuburRock em meados de 2005, no Rio de Janeiro. Este jornal era especializado em cultura underground e me convidaram para escrever uma crônica e eis que eu criei esta aventura numa noite carioca qualquer. Espero que curtam amigos."
O dia normalmente caótico se desenvolvia no Rio de Janeiro, a pressa descompassada e a desilusão diária e costumeira amargavam o papel central na periferia carioca. Passos rápidos e desconexos de cidadãos perdidos que contemplavam a paisagem desta selva urbana.
Após mais um dia de caos, a noite surgia para encobrir os profanos deveres capitalistas e naquele fim de semana eu iria a um Concerto de Rock. Uma cartase de euforia tomava conta de toda aquela plebe que durante o dia eram vassalos e a noite eram os grandes Reis daquele feudo musical. Naquele espaço underground os Reis aguardavam ansiosos a entrada de seus cavaleiros do apocalipse num palco humilde e uma aparelhagem medíocre, mas que naquele ínterim era o melhor concertos de todos os tempos...
Eu com a adrenalina a flor da pele, esperava em êxtase a entrada daqueles guerreiros com suas guitarras envenenadas (como lanças a nos apontar), e o som que tomava conta do local, nos remetia a um outro mundo e a atmosfera de liberdade, mesmo que momentânea era um êxtase de dor. Aquela raiva contida em séculos de exploração dos menos favorecidos sumia naquele instante sob o som pesado daquela banda de garagem e assim seguia o ritual cabalístico até a madrugada...
Na madrugada vindoura, os Reis cansados e cheios de álcool, voltava ao cotidiano. Naqueles ônibus imundos que durante o dia os levavam ao martírio e que depois daquele show os traziam de volta a vossas tristes realidades. Eu, encostado num canto sombrio do busão, ia meio sonolento e meio bêbado imaginando a fúria daquele show sendo a mesma que nos falta para reclamar por nossos direitos... De volta a dura realidade, o dia já ia raiando e a esperança era renovada por outro fim de semana de rock underground. Fui dormir e sonhei com quimeras mil e quando acordei para trabalhar de ressaca vi a mesma miséria de nossa vida e voltando a ser vassalo.
Após mais um dia de caos, a noite surgia para encobrir os profanos deveres capitalistas e naquele fim de semana eu iria a um Concerto de Rock. Uma cartase de euforia tomava conta de toda aquela plebe que durante o dia eram vassalos e a noite eram os grandes Reis daquele feudo musical. Naquele espaço underground os Reis aguardavam ansiosos a entrada de seus cavaleiros do apocalipse num palco humilde e uma aparelhagem medíocre, mas que naquele ínterim era o melhor concertos de todos os tempos...
Eu com a adrenalina a flor da pele, esperava em êxtase a entrada daqueles guerreiros com suas guitarras envenenadas (como lanças a nos apontar), e o som que tomava conta do local, nos remetia a um outro mundo e a atmosfera de liberdade, mesmo que momentânea era um êxtase de dor. Aquela raiva contida em séculos de exploração dos menos favorecidos sumia naquele instante sob o som pesado daquela banda de garagem e assim seguia o ritual cabalístico até a madrugada...
Na madrugada vindoura, os Reis cansados e cheios de álcool, voltava ao cotidiano. Naqueles ônibus imundos que durante o dia os levavam ao martírio e que depois daquele show os traziam de volta a vossas tristes realidades. Eu, encostado num canto sombrio do busão, ia meio sonolento e meio bêbado imaginando a fúria daquele show sendo a mesma que nos falta para reclamar por nossos direitos... De volta a dura realidade, o dia já ia raiando e a esperança era renovada por outro fim de semana de rock underground. Fui dormir e sonhei com quimeras mil e quando acordei para trabalhar de ressaca vi a mesma miséria de nossa vida e voltando a ser vassalo.