A SOCIEDADE DEMOCRÁTICA E A CULTURA SÃO GÊMEAS SIAMESAS
Só os governos autoritários, de poder absoluto, perseguem, desmontam e destroem os movimentos culturais de uma sociedade.
Procuram impor a sua cultura pré-fabricada em forma de cartilha.
Tentam apagar a figura e todo o trabalho de algum líder que se destaque num grupo social.
Uma forma de afastar concorrentes e incutir o pensamento único.
A cultura de um povo é o melhor adubo dos sistemas democráticos.
Faz parte de grupos humanos livres de quaisquer pressões.
Naturalmente, esses grupos criam e alimentam hábitos e valores em comum, daí sua diferenciação e interação entre sociedades.
Essa interação não existe nos sistemas antidemocráticos, considerando que estes desmantelam a tudo que se relacione com o social.
Mas a cultura resiste. Nem adianta afogá-la, lançando-a ao mar.
Mesmo arfando, ela vai emergir de alguma forma noutro lugar, buscando inalar o oxigênio que ainda reste na sociedade, no pulmão de sua irmã rediviva.
Se ocorrer de esse oxigênio já estar totalmente concentrado nos ditames do pensamento único - o que garante a antidemocracia -, a cultura e a sociedade já terão perecido, juntas, solidárias.
Isto, sim, é que nos assegura que a cultura e a democracia se irmanam, se entrelaçam, se conversam, se afinam...
Tal processo de destruição e substituição, que vínhamos comentando, é antigo nos anais da história.
Foi adotado pelo Terceiro Reich da Alemanha, entre 1933 e 1945, nos países subjugados.
Os eventuais e atuais governos de tendência ditatorial - que nada criam, simplesmente o copiam - convocam seus submissos generais para o implantarem em toda a extensão do território dominado (zonas, distritos, municípios, estados e toda uma nação).
Igualando-se ao Terceiro Reich, não somente massacram como, aparentemente, desfazem a cultura própria de cada região.
O que passa a valer é a sua cartilha, a mesma imposta em todos os quadrantes planejados.
Equivale a dizer: desfazem tudo o que existe de social (logo, desfazem a sociedade) a fim de exercer pleno domínio sobre os cidadãos, transformados em meros indivíduos (ou párias) excluídos do seu meio.
E o que é a cultura?...
Você sabe e os ditadores sabem.
É um meio de a gente interagir, dialogar, descobrir valores e se descobrir em sintonia e em posição de igualdade com o outro.
É através da cultura que mostramos o que somos e o que fomos.
Nós passamos, sim, mas a cultura é esse oxigênio que há de transitar na história e nos pulmões das próximas gerações.
A princípio, como pensam os ditadores, estará tudo consumado quando a última pedra que ainda restar sobre a outra for derrubada. Pensam.
Claro que, pelas armas, podem destruir barcos, navios, jangadas, canoas... Podem arrancar nossos ramais ferroviários (como o fez a ditadura implantada no Brasil em 01/abril/1964, em represália ao sindicato mais forte de então). Podem fechar rodovias e todas as nossas fronteiras, mas não conseguirão
- como nunca conseguiram - destruir a cultura.
Por quê?...
Porque a cultura está em nossas cabeças, em nossos olhos, em nossas línguas, em nossas veias, em nossas lembranças, em nossos sonhos...
Não é em vão que, mesmo perseguidos, os artistas nos dão os seus recados no balanço de suas sobrevivências:
"Não adianta nem tentar me esquecer";
"Você não gosta de mim, mas sua filha gosta";
"Amanhã será outro dia"...
- E os ditadores:
"Tangem, ferram, engordam e matam";
"...e daí, e daí!"...
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Ditaduras pregam o ódio porque detestam as artes, o amor e a verdade.
Só os governos autoritários, de poder absoluto, perseguem, desmontam e destroem os movimentos culturais de uma sociedade.
Procuram impor a sua cultura pré-fabricada em forma de cartilha.
Tentam apagar a figura e todo o trabalho de algum líder que se destaque num grupo social.
Uma forma de afastar concorrentes e incutir o pensamento único.
A cultura de um povo é o melhor adubo dos sistemas democráticos.
Faz parte de grupos humanos livres de quaisquer pressões.
Naturalmente, esses grupos criam e alimentam hábitos e valores em comum, daí sua diferenciação e interação entre sociedades.
Essa interação não existe nos sistemas antidemocráticos, considerando que estes desmantelam a tudo que se relacione com o social.
Mas a cultura resiste. Nem adianta afogá-la, lançando-a ao mar.
Mesmo arfando, ela vai emergir de alguma forma noutro lugar, buscando inalar o oxigênio que ainda reste na sociedade, no pulmão de sua irmã rediviva.
Se ocorrer de esse oxigênio já estar totalmente concentrado nos ditames do pensamento único - o que garante a antidemocracia -, a cultura e a sociedade já terão perecido, juntas, solidárias.
Isto, sim, é que nos assegura que a cultura e a democracia se irmanam, se entrelaçam, se conversam, se afinam...
Tal processo de destruição e substituição, que vínhamos comentando, é antigo nos anais da história.
Foi adotado pelo Terceiro Reich da Alemanha, entre 1933 e 1945, nos países subjugados.
Os eventuais e atuais governos de tendência ditatorial - que nada criam, simplesmente o copiam - convocam seus submissos generais para o implantarem em toda a extensão do território dominado (zonas, distritos, municípios, estados e toda uma nação).
Igualando-se ao Terceiro Reich, não somente massacram como, aparentemente, desfazem a cultura própria de cada região.
O que passa a valer é a sua cartilha, a mesma imposta em todos os quadrantes planejados.
Equivale a dizer: desfazem tudo o que existe de social (logo, desfazem a sociedade) a fim de exercer pleno domínio sobre os cidadãos, transformados em meros indivíduos (ou párias) excluídos do seu meio.
E o que é a cultura?...
Você sabe e os ditadores sabem.
É um meio de a gente interagir, dialogar, descobrir valores e se descobrir em sintonia e em posição de igualdade com o outro.
É através da cultura que mostramos o que somos e o que fomos.
Nós passamos, sim, mas a cultura é esse oxigênio que há de transitar na história e nos pulmões das próximas gerações.
A princípio, como pensam os ditadores, estará tudo consumado quando a última pedra que ainda restar sobre a outra for derrubada. Pensam.
Claro que, pelas armas, podem destruir barcos, navios, jangadas, canoas... Podem arrancar nossos ramais ferroviários (como o fez a ditadura implantada no Brasil em 01/abril/1964, em represália ao sindicato mais forte de então). Podem fechar rodovias e todas as nossas fronteiras, mas não conseguirão
- como nunca conseguiram - destruir a cultura.
Por quê?...
Porque a cultura está em nossas cabeças, em nossos olhos, em nossas línguas, em nossas veias, em nossas lembranças, em nossos sonhos...
Não é em vão que, mesmo perseguidos, os artistas nos dão os seus recados no balanço de suas sobrevivências:
"Não adianta nem tentar me esquecer";
"Você não gosta de mim, mas sua filha gosta";
"Amanhã será outro dia"...
- E os ditadores:
"Tangem, ferram, engordam e matam";
"...e daí, e daí!"...
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Ditaduras pregam o ódio porque detestam as artes, o amor e a verdade.