A diferença entre Sailor Moon e os Cavaleiros do Zodíaco
Já muitas vezes falei da Sailor Moon nesta escrivaninha, em resenhas, poesias, crônicas e até fanfics. E de vez em quando, nos comentários (já aconteceu várias vezes) alguém faz uma comparação com os Cavaleiros do Zodíaco.
Parece que esta série de Masami Kurumada, que lançou o mangá em 1985, marcou muito no Brasil. E embora já esteja ultrapassada, como foi muito divulgada na tv ficou no imaginário de muita gente, pessoas que pouco conhecem de desenhos japoneses.
E no entanto não há semelhança entre Sailor Moon e os Cavaleiros.
Para início de conversa o título "Cavaleiros do Zodíaco" é falso, foi colocado no Brasil mas os personagens centrais nem representam constelações zodiacais e sim outras como o Cisne, tem até o cavaleiro de Andromeda, que é uma galáxia. O título original é Saint Seya, pelo que parece porque o tal Seya serve à "deusa" Atena. Ora, divindades mitológicas não são servidas por santos.
Assisti muitos episódios dos cavaleiros em VHS e tenho clara ideia desta série que é, no fim das contas, parte do culto à violência, com cenas de grande brutalidade que, se exibidas a crianças e adolescentes, só podem fazer mal, ensinam agressividade. Basta dizer que Seya, chamado de "santo" no título da série, logo no primeiro episódio arranca a orelha do adversário. E pela série afora os personagens praticamente só fazem brigar, brigar, brigar, com seus poderes e dando golpes. E se insultando uns aos outros.
A concepção da história é de todo estúpida, sem nenhuma inteligência, completamente tosca e inverossímil mesmo como fantasia. É uma série totalmente sem conteúdo e também bastante machista.
Em Sailor Moon, criada por Naoko Takeushi em 1991, não há pancadaria. Usagi Tsukino, a Sailor Moon, é uma heroína mística, herdeira da dinastia lunar e dotada de virtudes messianicas. Declara sempre que "luta pelo Amor e pela Justiça". Não dá golpes, não é agressiva ou violenta. Ela é apenas protetora. Transmite sentimentos de amizade, enternecimento, lealdade, desprendimento da própria vida. Entre ela e Mamoru Chiba há um amor que atravessa os séculos. Sailor Moon ama os animais, tem uma gata falante (por sua origem lunar de um passado remoto), não sabe o que é o ódio. Ela perdoa e quando pode, até purifica os vilões. Sailor Moon é ainda pudica, sendo capaz de ruborizar, enrubescer. É também comovente a relação com sua filhinha Chibiusa.
Em suma, ainda existe a graciosidade de Sailor Moon e sua equipe, contrastando com a feiúra (nos uniformes-armaduras) dos cavaleiros.
Para quem de fato conhece as duas franquias não existe comparação possível. Cavaleiros do Zodíaco é para quem gosta de violência; Sailor Moon é para quem valoriza o amor.
Já muitas vezes falei da Sailor Moon nesta escrivaninha, em resenhas, poesias, crônicas e até fanfics. E de vez em quando, nos comentários (já aconteceu várias vezes) alguém faz uma comparação com os Cavaleiros do Zodíaco.
Parece que esta série de Masami Kurumada, que lançou o mangá em 1985, marcou muito no Brasil. E embora já esteja ultrapassada, como foi muito divulgada na tv ficou no imaginário de muita gente, pessoas que pouco conhecem de desenhos japoneses.
E no entanto não há semelhança entre Sailor Moon e os Cavaleiros.
Para início de conversa o título "Cavaleiros do Zodíaco" é falso, foi colocado no Brasil mas os personagens centrais nem representam constelações zodiacais e sim outras como o Cisne, tem até o cavaleiro de Andromeda, que é uma galáxia. O título original é Saint Seya, pelo que parece porque o tal Seya serve à "deusa" Atena. Ora, divindades mitológicas não são servidas por santos.
Assisti muitos episódios dos cavaleiros em VHS e tenho clara ideia desta série que é, no fim das contas, parte do culto à violência, com cenas de grande brutalidade que, se exibidas a crianças e adolescentes, só podem fazer mal, ensinam agressividade. Basta dizer que Seya, chamado de "santo" no título da série, logo no primeiro episódio arranca a orelha do adversário. E pela série afora os personagens praticamente só fazem brigar, brigar, brigar, com seus poderes e dando golpes. E se insultando uns aos outros.
A concepção da história é de todo estúpida, sem nenhuma inteligência, completamente tosca e inverossímil mesmo como fantasia. É uma série totalmente sem conteúdo e também bastante machista.
Em Sailor Moon, criada por Naoko Takeushi em 1991, não há pancadaria. Usagi Tsukino, a Sailor Moon, é uma heroína mística, herdeira da dinastia lunar e dotada de virtudes messianicas. Declara sempre que "luta pelo Amor e pela Justiça". Não dá golpes, não é agressiva ou violenta. Ela é apenas protetora. Transmite sentimentos de amizade, enternecimento, lealdade, desprendimento da própria vida. Entre ela e Mamoru Chiba há um amor que atravessa os séculos. Sailor Moon ama os animais, tem uma gata falante (por sua origem lunar de um passado remoto), não sabe o que é o ódio. Ela perdoa e quando pode, até purifica os vilões. Sailor Moon é ainda pudica, sendo capaz de ruborizar, enrubescer. É também comovente a relação com sua filhinha Chibiusa.
Em suma, ainda existe a graciosidade de Sailor Moon e sua equipe, contrastando com a feiúra (nos uniformes-armaduras) dos cavaleiros.
Para quem de fato conhece as duas franquias não existe comparação possível. Cavaleiros do Zodíaco é para quem gosta de violência; Sailor Moon é para quem valoriza o amor.