SOBRE A PRISÃO DO DEPUTADO DANIEL SILVEIRA
 
Vou ser curta e grossa, pois estou sem tempo, mas achei importante (para mim) dizer o que eu penso a respeito disso, embora o país possa sobreviver sem a minha opinião: pelo que tenho lido por aí, até mesmo de especialistas em leis (porque eu não o sou) a prisão do deputado foi não apenas ilegal, mas inconstitucional, arbitrária e ridícula. Bem, eu poderia usar estes mesmos adjetivos para referir-me a ele. Mas a lei deveria ser igualmente aplicada a todos, mesmo que sejam trogloditas babacas e oportunistas em busca de promoção.

Para mim, esse senhor deputado, meu conterrâneo, não passa de um Alexandre Frota talvez um pouquinho melhorado em termos de cultura, mas as intenções dele, que foram de se promover (ele fez tudo o que podia para que isso acontecesse) obteve o sucesso e a atenção esperadas.

Aquele outro lá de capa preta que tem efetuado prisões ridículas, como a do jornalista Oswaldo Eustáquio (atualmente paralítico em prisão domiciliar, e que não recebeu a mesma atenção da mídia que o deputado obteve, mas que na minha humilde opinião, merecia muito mais); bem, voltando ao meu raciocínio: aquele lá de capa preta, pousado no Supremo, tenta provar a cada dia que a Constituição Brasileira, que deveria ser respeitada, nos dias de hoje é apenas um livrinho sem importância que poderia estar pendurado nos nossos banheiros para que melhor se fizesse uso dela.

Acho que ninguém vai me prender pelo que escrevi; afinal, não passo de uma ninguém que alcança, no máximo, algumas dezenas de leituras. Não estou me candidatando a nada e não represento a maioria. Mas se por acaso eu não aparecer mais por aqui, é porque aconteceu comigo aquilo que vai acabar acontecendo com todos que tentarem dizer o que pensam nesse país – sejam de direita ou de esquerda: fui amordaçada. Alguém terá adentrado minha casa no meio da noite e levado meus computadores, me jogando na prisão, me colocando uma mordaça  e quebrado minhas pernas.

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E o amigo Ansigilus me deixou esta oportuna interação...



A CARTA MAGNA


Possa não ter morrido pra você,
mas penso já baixou à sepultura,
o que afirmo parece com clichê,
mas a verdade ante essa desventura...

Pra que viver num mundo sem critério...
e desfrutar salada de impropério...
e ser joguete às mãos dalguns hostis?
cuja sentença muita vez desdiz...

Estamos bem assim na ditadura!
não na prevista, mas a que murmura,
do desejo e do orgulho vil, mesquinho...

Que resmunga e intromete seu focinho,
na casa de terceiro, uma vergonha,
deplorando o poder que se anteponha.
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. ...seguida por esta do amigo Jacó Filho:


São espetáculos grotescos,
 De quem sabe o que diz.
 Que planejou ser dantesco,
 E foi só um infeliz...
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Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 19/02/2021
Reeditado em 20/02/2021
Código do texto: T7187912
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